Flagrante de crime eleitoral em Atalaia, surra de tabica em Pão de Açúcar, confronto e ameaças em Matriz: A velha política está viva

Os exemplos nos três municípios, de diferentes regiões, são reais em mais de 80% do Estado. Não há surpresa, muito menos fiscalização e ação efetiva da justiça eleitoral.
Enganou-se quem pensou que a pandemia do coronavírus deixaria a eleição sem aglomeração, sem carreatas, sem caminhadas e minimizando as tramoias na calada da noite.
O clima eleitoral está fervendo. O dinheiro sujo está sobrando. A compra de votos está desenfreada. O abuso de poder e o medo de ficar sem ele são os principais cabos eleitorais das eleições 2020, na capital e interior.
Do jeito que vai a situação ficará insustentável a partir de 3 de novembro, curiosamente um dia após a simbólica data de finados. É que o turbo das campanhas é ligado nos 10 dias antes do pleito.
Agora, sobre os flagrantes citados:
1o - Veículo oficial, servidores da Prefeitura de Atalaia e cabos eleitorais do prefeito Chico Vigário, candidato à reeleição, foram flagrados pela Polícia Militar entregando cestas básicas e material de campanha a eleitores. Não vale dizer que foi para programas sociais porque não há como sustentar tal tese como defesa. Mas punição, se houver, só após as eleições.
2o - Em Pão de Açúcar o irmão de Jorge Dantas, candidato a prefeito, deu uma surra de tabica no motorista do carro de som do adversário, Cristiano Matheus. Confirma o clima de tensão e expectativa de cenas bem piores. Até agora ficou por isso mesmo.
3o – Em Matriz do Camaragibe acontece a disputa mais esdrúxula que se tem notícia. Cícero Cavalcante e Marquinhos, dois ex-prefeitos que estão impossibilitados de disputar a eleição, por serem ficha suja, escalaram os filhos para o embate. A previsão de conflito direto e armado é tão real quanto a vitória de um deles. A polícia e a justiça sabem, mas até agora sem providências preventivas efetivas.
Nos três casos só haverá intervenção depois do sangue derramado e da comemoração exacerbada dos respectivos vencedores.
A velha política está viva. Sou da paz, mas peço que me ajude a matá-la.