Periferia: o point da eleição e um diálogo quase perfeito

O diálogo do momento é mais ou
menos assim:
Personagem 1 - E
aí, brother, tu visse ontem o monte de gente na caminhada do carinha lá. Gente que
só a peste?
Personagem 2 – Fala,
irmão! Aglomeração, tô fora.
Personagem 1 – Oxe!
Tem que aproveitar, doido. Ali tá todo mundo ganhando. E ainda dá pra
desenrolar uma gatinha. Visse uma morena, com shortinho vermelho?
Personagem 2 – Vi
não. Quando passou na minha porta, fechei tudo. Depois ficou só uns papel que
botaram por debaixo da porta e a rua ficou toda melada?
Personagem 1 – Se
liga. Diz que vota, pega a oncinha, segue a turma e depois é só festejar.
Personagem 2 – Oxe!!
Tem fiscal, irmão. Os caras ficam ligados. Tem que começar e terminar a
caminhada. Os caras só pagam depois. Tem besta ali não.
Personagem 1 – Tô
ligado. Tais gostando dessa onda de aglomeração?
Personagem 2 – Voto
nesses malas não, brother. Graças a Deus dia 15 de novembro isso já melhora e
no dia 28 de novembro esses caras desaparecem de novo e tudo voltará ao normal.
Personagem 1 – Tô ligado.
Já fui em 3 caminhadas. Pra mim tá bom demais.
Personagem 2 – Blz.
Tais trabalhando?
Personagem 1 – Não. Por
quê?
Personagem 2 – Nada não.
Personagem 1 – E tu?
Personagem 2 –Tô
de férias até o dia 20. Lá no Centro meu amigo disse que ta vendendo bem. Acho que
é com o dinheiro do auxilio do Bolsonaro e o cadastro da eleição.
Personagem 1 – Pois é.
Por isso tem que aproveitar porque acaba já já. Daí ferrou.
Personagem 2 – Blz. Mas
eu tô emprego e não preciso disso aí não. Tem que pensar bem, irmão. Ficar ligado
nas escolhas. Esses caras são ninja. E o povão vai na onda.
Personagem 1 – Blz. Valeu.
Depois vejo isso. Mais tarde tem caminhada no Jaça. Mais cinquentinha. Vou lá,
que a periferia é o point. Falow.
Personagem 2 – Vai lá,
brother. Abraço.... otário.