Wadson Regis

Pressão e mala preta podem mudar decisões em Maceió

Uma antiga e eficaz prática eleitoreira está em andamento para mudar a rota da corrida eleitoral em Maceió. Se tem estrutura, tem proposta irrecusável, tanto para o SIM, quanto para o NÃO.

A correria ficou mais intensa a partir da última sexta-feira. As alianças fazem parte do processo eleitoral democrático. Já as decisões dizem respeito ao projeto do partido ou do candidato. A situação de Ronaldo Lessa se encaixa bem nesse contexto.

Na capital há uma disputa acirrada, o que é totalmente natural. Mas desta vez todos os grupos políticos estão focados nos objetivos (no plural, porque cada um tem o seu). O resultado até agora é crise na maioria dos blocos.

Com exceção do PP, que tem Davi Davino como pré-candidato, há registros de conflito nas candidaturas de JHC, Alfredo Gaspar e Ronaldo Lessa. A turma do baixo clero – Avante, DC, Psol, PT, Unidade Popular e PCdoB – assiste na expectativa de uma composição para o primeiro e segundo turnos.

Os nanicos trabalham composição. Já os grupos dominantes investem na adesão ou esvaziamento de candidaturas. Há - e o meio político sabe - ameaças de implosão na proporcional. Também está em andamento, sem segredo para bom entendedor, o uso sem limite da mala preta.

Quem paga? Quem pode.
Quem pode receber? Quem pode ajudar a decidir.
Também tem mala preta para quem aceitar quebrar acordo. Aí o preço é mais caro (em moeda corrente, politicamente e moralmente).  

Wadson Regis

Wadson Regis

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Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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