O jantar na casa do empresário Jaiminho Vergeti, na fazenda São Manoel, em Branquinha, mostrou que a velha política está viva e ativa. Numa mesma mesa um grupo de oposição ao prefeito de União, Kil Freitas, discutia os nomes para enfrentá-lo nas urnas.

Na primeira rodada ficou acertado que Zé Alfredo, atual vice-prefeito, seria o candidato e que o nome do vice sairia do grupo e anunciado em até 48h. Combinado e chancelado pelo ex-governador Manoel Gomes de Barros.

Na segunda rodada, na mesma noite, alguém perguntou a Zé Alfredo como seria se seus advogados não conseguirem resolver o impedimento dele na justiça. Até agora o vice-prefeito não tem o consentimento da justiça, mas tem a garantia dos advogados que a situação será resolvida a tempo. Eis – na versão de duas fontes que lá estavam – que Zé Alfredo disse que poderia indicar o filho ou a esposa, mas que acredita no êxito de sua banca de advogados. Empolgado, seguiu vendendo seu peixe, blá blá blá até que levantou da mesa. Eis que Manoel Gomes de Barros, ao seu estilo, deu-lhe um freio de arrumação, pela camisa, o devolvendo de volta à cadeira e lhe dizendo o impronunciável por aqui. A turma do aquieta entrou em ação e só faltou as vias de fato.  

Nada como um dia depois do outro e também que o remédio para o abusado é outro abusado, se é que me entende. O clima esquentou e Kil Freitas festejou. Mas como na política brigas, intrigas e abraços se alternam com a mesma facilidade, os “bombeiros da oposição” agiram rápido e vão marcar um novo encontro.

Essa velha política e suas emoções.