O Estado de origem do primeiro e segundo presidentes do Brasil após a Proclamação da República (Deodoro e Floriano) é o mesmo Estado com o primeiro presidente (Fernando Collor) eleito pelo voto popular, pós o regime militar. Este mesmo Estado também contabiliza o senador que mais vezes comandou o Congresso Nacional (Renan Calheiros, por 4 mandatos). É da “terrinha” de belas praias e forte desemprego o líder (Arthur Lira) do “Centrão”, principal bloco político da atualidade, na Câmara dos Deputados. Por fim, também é daqui o deputado federal proporcionalmente mais votado do país nas eleições de 2018 (JHC).

Os acima citados são exceções que prosperaram em suas funções, pelo menos no quesito “importância”. O que não significa que sejam qualificados para as respetivas funções e exemplos de servidores públicos politicamente qualificados.  

Tenho certeza que, numa eventual pesquisa de satisfação popular, a maioria seria reprovado.

Neste mesmo conceito temos prefeituras com gestores desqualificados e mal-intencionados. Temos a quase totalidade de vereadores sem qualificação, sem estudo, sem visão e sem a mínima aptidão política.

Na Assembleia Legislativa o nível de desqualificação se assemelha, mas num grau mais elevado de letalidade ao Estado.

A Câmara Federal e o Senado são o sonho de consumo de toda essa turma já citada. Para ser um dos três senadores e um dos nove deputados é preciso muita capacitação política, que inclui uma série de barbáries contra o povo. São tantas e tão graves que vale a reflexão de cada leitor-eleitor.  

Em fim... a desqualificação política e índole dos mandatários têm sido a grande barreira para que Alagoas saia da lanterna em todos os principais indicadores sociais e econômicos. Também temos um dos piores serviços de saúde pública do país.

Não haverá a tão esperada mudança enquanto a motivação do voto seja por motivações espúrias.

Os políticos que temos são o reflexo do voto coletivo de cada um de nós. 

Se você quer mudança, tenha certeza que está votando por convicção.