A política chegou a um ponto onde não há civilidade nem nos discursos. Se você utiliza o Whatsapp, o mais popular entre os aplicativos de telefonia, sabe muito bem o que populariza: memes, nudes e comédia lideram cliques e compartilhamentos. 

No caso da seara política o que domina é a fake news. A situação é tão preocupante que grandes grupos de comunicação publicam notícia alertando que É FAKE, para desmentir notícia disseminada pelas redes sociais.

Ainda na seara política o que mais tem provocado discussões pelas redes sociais são os embates. O duelo entre petistas e afins versus os “bolsomínios” ou qualquer pessoa contrária à política dos vermelhos, tem criado intrigas, destruído amizades e episódios mais graves.

Foi através das redes sociais que o vereador pilarense, Paulo Cavalcante, iniciou uma “guerra pessoal” contra o prefeito Renato Rezende Filho. A sequência de posts resultou, até agora, em 10 ações penais contra o vereador, preso no último domingo, por descumprir ordem judicial e ameaçar espancar a esposa do prefeito com chicote de bater em cavalo.

Este episódio deve ser visto, na seara política, por dois ângulos:

1º - Se a vítima (secretária de Estado e primeira-dama do Pilar) não tivesse denunciado a agressão o vereador não seria preso.

2º - Depois de sair da prisão o vereador voltou às redes sociais para atacar a justiça e convocar aliados para um ato em sua defesa. Conseguiu o compartilhamento de alguns amigos e de colegas vereadores.

O caso envolvendo a secretária Cecília Rocha também deve ser visto como um alerta para a intolerância política contra a mulher.

Que o ato covarde do vereador, compartilhado por amigos e colegas vereadores, seja acompanhado pelas comissões de Direitos Humanos, Direitos de Família e Comissão Especial da Mulher da OAB Alagoas.

Talvez com a ampla divulgação muitos outros casos de agressões, intimidações e ameaças sejam denunciados e os responsáveis punidos.

Civilidade é o mínimo.