Eleição na ALE está entre a 'demonstração' e o 'sacrifício'

Em qualquer relação, relacionamento ou divergência não há
outra maneira para se chegar ao melhor resultado que não seja pelo diálogo.
O imbróglio formado para a eleição da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa é um sinal evidente de que não há o devido diálogo entre o governador e sua base aliada.
Conversei agora pela manhã com o deputado eleito Silvio Camelo sobre seu posicionamento. Ele é, pelo menos por enquanto, adepto à candidatura de Marcelo Victor. “O governador apresentou um candidato, que é Olavo, embora que Olavo nunca falou que é candidato. Já o Marcelo, por outra corrente, vem trabalhando a candidatura dele. Isso não quer dizer que seja grupo de oposição ao Renan Filho. Acho que Olavo tem plena possibilidade de ser o presidente, porque é experiente e tal, mas Marcelo vem conversando com esse pessoal que está com ele. Se a eleição fosse hoje o Marcelo seria o presidente da Casa. Eu não sei se daqui a 20 dias será assim”, explica Camelo, que era (ou ainda é) o nome indicado para ser o líder do Governo na ALE.
Sobre a liderança Camelo disse que não recebeu nenhuma sinalização do governador sobre o assunto. “Comigo ele não falou nada, mas seria uma honra ser líder deste governo. Vou procurar o governador para ouvi-lo e falar, por mim, sobre essa situação.
As diferenças
Será uma semana decisiva ou o desgaste azedará, de vez, a relação com Marcelo e
os que votarem contra a indicação do governo, que trata a eleição de Olavo como uma demonstração de lealdade
ao governador, não de sacrifício, como alguns vêm trabalhando o discurso.
Se a base é mesmo aliada ao governador acredito que não haverá outra possibilidade que não seja a vitória de Olavo ou a indicação de um terceiro nome, que seja de comum acordo entre os lados. Se isso acontecer estará prevalecendo o diálogo (que não existiu até agora).