A frase que é antiga, mas segue atual.

“Uma imagem fala mais que mil palavras”.

E o que diz a fotografia com 20 deputados sorrindo para o infinito, num suposto apoio à candidatura de Marcelo Victor à Presidência da Assembleia Legislativa? Diz que é por coisas desse tipo que a ALE se transformou no paraíso alagoano da sacanagem política.

A disputa pela presidência do Poder Legislativo Estadual é real. Marcelo Victor é, de fato, candidato e com alguma chance de vitória. Ele alega que está seguindo apenas o que havia combinado com o governador. Que siga em frente, porque muitas vezes é preciso contrariar interesses.

Do serviçal da Casa, passando pelo Ministério Público Estadual, o Tribunal de Contas e o Tribunal de Justiça de Alagoas, todos sabem que é a Assembleia Legislativa quem paga as despesas da eleição que colocou a maioria lá. Este é o único motivo – para a maioria que ameaça cortar os laços de aliança com o governador – para o apoio a Marcelo Victor.

O insucesso de Olavo na disputa representaria uma falha de condução para Renan Filho. E o governador, com a gestão bem avaliada, reeleito com 73% dos votos válidos, protagonista na eleição do senador Renan e determinado a consolidar sua liderança (quem sabe em nível nacional, como fez Renan) sabe que não pode perder essa parada para o (ainda) aliado Marcelo.

Beeeeeem diferente do que vem sendo ventilado a disputa está acirrada. Há, hoje, quarta-feira, 3 de janeiro de 2019, empate em 11 a 11. Como o voto é secreto há possibilidade de nunca sabermos quem traiu quem.

O problema de Marcelo, a esta altura, está na palavra dada à turma. A maioria precisa dele na presidência para poder, de forma bem trabalhada, pagar as dívidas da campanha eleitoral.

A vantagem de Olavo é que o diálogo do governador é com sua base aliada, que não pode dizer não ao dono da caneta mais poderosa do Estado.

11 a 11 é o placar do momento. O jogo é sujo, mas não de Marcelo, Olavo e Renan Filho.