Cristiano Matheus declara apoio a Marx e inicia os testes de poder de fogo com Cacau e Junior Damaso, em Marechal

Retornando de merecidas
férias.
O pleito eleitoral de 2016, para prefeito de Marechal Deodoro, é o indicativo mais recente de que, na política, não existe eleição ganha.
De um lado o prefeito Cristiano Matheus, com a gestão bem avaliada e um exército pronto para vencer a terceira batalha seguida. A tropa se aliou ao ex-adversário e figura política mais popular da primeira capital de Alagoas, Junior Damaso. Aliança representava a soma do poder da máquina, com a vontade do povão.
O adversário era o então vereador Cacau, que montou um time paralelo, com pouquíssima perspectiva de vitória (para a maioria). O processo eleitoral começou com Junior Damaso à frente nas pesquisas, com algo em torno de 20 pontos. Deixando de lado as profundezas do submundo da política, Cacau foi eleito prefeito de Marechal Deodoro com apenas 8 votos de diferença.
A eleição de Marechal registrou capítulos interessantes. Junior Damaso tinha o apoio da estrutura da Prefeitura e gozava do prestigio pela humildade e presença constante na cidade. Cacau era o azarão, que reuniu uma equipe com sangue nos olhos para vencer Junior e enterrar Matheus, que acabou afastado do cargo pela Justiça, abrindo caminho para a execução final do plano vitorioso de Cacau.
Cada eleição é uma história. Os aliados de ontem podem virar adversário no próximo pleito. Um dos mais críticos à gestão de Matheus e aliado de primeira ordem de Cacau, o deputado Marx Beltrão ficou sem apoio para federal em Marechal. O contra-ataque foi rápido. Marx, graças a interlocução do ex-deputado Jeferson Moraes, ganhou o reforço do ex-prefeito deodorense, com a perspectiva de estarem juntos contra a candidatura de Cacau, em 2020.
O detalhe em Marechal é que para federal toda estrutura de Cacau está focada na eleição de Sergio Toledo. O exército de Junior Damaso (Matheus continua aliado de Junior) vai com Nivaldo Albuquerque e Cristiano Matheus, com Marx. Será o primeiro teste de fogo para as eleições de 2020.
Vale lembrar que os
amigos de hoje, necessariamente podem não estar juntos em 2020. E os adversários
de agora podem ser grandes amigos a partir de 1º de janeiro de 2019.
É política na veia.