Wadson Regis

EXCLUSIVO: Associações militares querem acabar com a Ronda no Bairro

Não sou adepto à ferramenta da exclusividade, mas o assunto requer a atenção de todos, diante da gravidade no âmbito da segurança pública. 

As associações militares estão entrando com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade  (ADIN), contra o Governo do Estado, para acabar com o projeto Ronda no Bairro, lançado em 4 de janeiro, no Jacintinho. O assunto foi discutido ontem, em assembleia na sede da Associação dos Militares de Alagoas (Assomal). Hoje a assembleia será na Associação de Subtenentes e Sargentos (Assmal) e, amanhã, na de Cabo e Soldados(ACS).

O conselho deliberativo da associação se diz “contra a usurpação da atividade própria da Polícia Militar, o policiamento preventivo e ostensivo e a preservação da ordem pública exercida pela Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev)”.

Conversei com o tenente-coronel J. Claudio, presidente da Assomal, que disse não ser contrário ao projeto, mas como ele está formatado. “Isso é uma usurpação da atividade militar. Já havíamos procurado o Estado em 2017, deixando claro que a atividade de policiamento ostensivo e preventivo é, por lei, de responsabilidade da Polícia Militar. Mas o Estado insistiu em deixar aos cuidados da Seprev. Há uma insatisfação e vamos procurar corrigir”, disse o presidente da Assmal.

É importante que Estado e as associações sentem à mesa e que prevaleça o diálogo, em nome da ordem e segurança de todos (população e militares). 

O projeto é interessante, conta com o apoio da população do Jacintinho e já mostra resultados, principalmente nas ações conjuntas.


Wadson Regis

Wadson Regis

Sobre

Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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