Wadson Regis

Classe média de Alagoas começa a ocupar o sistema prisional

Está aí uma boa notícia, pelo menos para quem segue na contramão da imoralidade.

É notório o investimento do Governo do Estado, na segurança pública, para garantir tranquilidade nas ruas e melhores condições de trabalho aos policiais.

Os números confirmam que a estratégia vem funcionando, principalmente nas localidades contempladas com o Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), onde a redução de crimes de homicídio está na média de 60%. Com isso, Maceió e o Estado deixaram a liderança no quesito criminalidade.

Mudança de perfil
2017 será, num futuro bem próximo, lembrado como um ano revelador. Ficando no assunto segurança pública, o sistema prisional passou a ter alas específicas, para separar o joio “DO MESMO TRIGO”.

Ainda com lotação acima do ideal, pretos, pobres e putas dividem celas com representantes da classe média. Lá estão engenheiros, médicos, advogados, guardas municipais e, claro, POLÍTICOS.

Como prender a granfinada de araque é novidade, a turma ainda não se mistura. Pelo menos é o que me garante uma fonte que atua no sistema prisional. “Não sei porque a imprensa ainda não repercutiu isso. Lá (no sistema) tá cheio de classe média. Acabou o negócio de preto, pobre e puta na cadeia”, me disse a fonte, um servidor público, concursado, que trabalha no complexo penitenciário.

Em tempo: A referência a pobre, preto e puta no sistema prisional era uma máxima para justificar que ricos e políticos não iam para a cadeia. Mesmo dependendo do entendimento da “justiça” que temos, os tempos são outros.

Salve, salve 2018. Ou continuaremos nadando contra a maré.  

Wadson Regis

Wadson Regis

Sobre

Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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