Wadson Regis

Pontos cegos derrubam político que não se olha no espelho

A política é uma maratona que exige treinamento, esforço, dedicação, foco e dois pré-requisitos determinantes: envolvimento e relacionamento.

Um dos fatores que levam políticos velocistas ao fracasso na eleição seguinte é que eles pensam que o mandato é como se fosse uma corrida de 100 metros. Ficar no mais alto lugar do pódio é tão passageiro e rápido quanto os quatro anos do mandato.

É por isso que devemos analisar a vida pública como uma maratona e não como uma corrida onde o foco está em ser o primeiro.

Um político pronto não tem o adversário como alvo. Seu principal rival está na frente de qualquer espelho. Quando não se conhece os próprios pontos cegos não há como ter precisão no confronto direto.

Mandar atacar o inimigo sem saber os efeitos da lei do retorno é ampliar a base de força do adversário.

Reestruturação da base aliada
Após cada pleito é certo que haverá baixas em todos os lados envolvidos. É por isso que o vencedor convoca novos aliados, sendo que alguns estavam com o adversário durante a campanha passada.

Adversário sem poder ofensivo e sem força de articulação morre junto com o perdedor. Os que mostraram força na tropa de choque do perdedor passam a ser útil para o lado vencedor. É por isso que alguns sobreviventes do lado vitorioso perdem espaço após a batalha, mas se acham esquecidos ou traídos.

Na verdade o time venceu, mas ele pode não ter dado o seu melhor ou tenha demostrado que não tem a importância que parecia ter.

É imprescindível
Nunca ataque seu aliado sem que saiba de que lado ele vai estar durante a guerra política. 

Desconhecer os pontos cegos e fortesde lá e cá – é ir para a batalha determinado a tudo. Os bons lutam APENAS para vencer.

Wadson Regis

Wadson Regis

Sobre

Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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