Wadson Regis

Arnon de Mello 2: A missão (no final de julho, em Alagoas)

Arnon de Mello, durante coletiva de lançamento de jogo da NBA vai tentar vaga de federal por Alagoas (Foto: Fernando Soutello / AGIF)

Ele está de volta a Alagoas para cumprir uma missão que ficou pelo caminho, em 2002, quando perdeu a eleição para deputado federal por um erro grosseiro de sua base aliada. Com 51.039 votos Arnon de Mello Neto viu um cavalo passar selado rumo a Brasília. 

Sem coligação e sem conseguir o coeficiente eleitoral o sonho de ser o herdeiro político de Fernando Collor virou pesadelo. Aliás, naquela mesma eleição o ex-presidente foi derrotado por Ronaldo Lessa para o governo.

Para os mais jovens, que certamente não conhecem a história daquele pleito, Arnon pagou pelo erro do pai, que apostou tudo no eleitorado que o tem como mito.

O jovem Arnon havia feito tudo certo para se tornar uma figura pública. Seguindo os passos do pai, aos 21 anos foi presidente do CSA, entre 1999 e 2001. Se vencesse aquela eleição Arnon, que fez a maior parte de sua carreira no mercado financeiro, nos Estados Unidos, onde também fez mestrado em Harvard e MBA no Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), certamente seria o fenômeno da bancada federal, que teve como novo Maurício Quintella (hoje ministro dos Transportes). Os holofortes ficaram para João Lyra, eleito com 112.949 votos (um recorde até então). O mais votado da história para federal é Renan Filho, que em 2010 obteve 140.180 votos.

A história seguiu e o herdeiro de Collor construiu seu caminho e fez sua própria história. Ele é o homem do basquete brasileiro. Como executivo foi o responsável por trazer o primeiro jogo da liga americana para o país.

Sem delongas, Arnon de Mello Neto nunca engoliu aquela derrota. Hoje maduro e dono no próprio umbigo, confidencia aos mais próximos que é hora de acertar as contas com o eleitorado alagoano. No final deste mês ele desembarca por aqui para finalizar o que vem trabalhando há algum tempo. Não é especulação. Confirmei com ADA Mello (prima e uma das cabeças pensantes do ciclo collorido) "Sim! ele está vindo aqui no final do mês para definirmos tudo", confirmou ADA.

Desta vez o executivo da NBA vem com o discurso que mais pega no Brasil: O NOVO. Jovem rico, neto e filho de grandes nomes da política nacional não precisa do mandato para nenhuma vantagem financeira ou foro privilegiado (o que já é um diferencial). 

Se a tentativa de ser o herdeiro de Fernando Collor deu errado em 2002 é porque o destino preparou outros caminhos. Arnon sabe que, para concluir a missão, precisará recomeçar do zero e apresentar uma planilha de motivos que justifiquem um sim nas urnas. É bem verdade que o contexto momentâneo/nacional ajuda, assim como o apoio de Fernando Collor.

Pelo que construiu com os próprios esforços não há como duvidar que Alagoas teria um quadro diferenciado na Câmara Federal.

Não é declaração de voto; é que o Brasil precisa MESMO de cabeças que produzem futuro. Arnon tem este perfil.  

Wadson Regis

Wadson Regis

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Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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