Wadson Regis

Em tempo de crise, pressão midiática não ajuda

Um dos assuntos mais induzidos dos últimos dias é o reajuste dos servidores do Estado e da Prefeitura de Maceió. Uma hora alguém “da mídia” fez o alerta de que poderia ter aumento; em outro momento, que talvez não tivesse; depois que teria; em seguida mais uma dúvida. Se foi pressão, não ajuda a ninguém. Se foi falta de assunto é melhor que leiam mais sobre outros assuntos – relevantes, é claro.

O saudoso Antonio Carlos Magalhães (ACM), a quem os baianos devem referendar pelos feitos e efeitos na terra do axé, dizia que há três tipos de jornalista:

1 – o que quer notícia
2 – o que quer emprego
3 – o que quer dinheiro.

ACM morreu antes da revolução tecnológica explodir. Com o excesso de meios de disseminação de coisas (as quais não podemos chamar de notícia ou informação) ficou muito fácil e rápido de emitir inalações como sendo informação. O boato é ligeiro demais. Ganha até de ladrão pé de chinelo.

O universo digital é perverso quando não se tem o controle do botão ENTER, aquele que confirma a postagem. Com a mesma facilidade muitos fazem correções, assim que levam puxões de orelha.

Em tempo de crise nacional – política e econômica – é bom saber em quem confiar, porque há uma crise moral epidêmica, que pegou muitos criadores de factoides.

Wadson Regis

Wadson Regis

Sobre

Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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