Wadson Regis

Governador, governador, governador... o buraco é mais embaixo

Estrutura do CISP chega hoje a Cajueiro

A INsegurança Pública é um problema nacional, com forte ramificação em Alagoas – desde quando eu era pequeneninho, lá em Murici (sic).

Sobre as causas dos vários tipos de violência, os especialistas são unânimes quanto a mais importante: eles dizem: ESQUECERAM DE NÓS.

Os esquecidos são justamente os que se lembram de nós a cada dois anos. Em 2018 teremos eleições para deputados federais e estaduais, senadores, governador e presidente da República. Lá estarão eles, da situação e oposição, lembrando de feitos e cobrando o que não foi feito.

Durante anos o discurso de oposição sempre teve mais força, mesmo saindo da boca de quem – em regra – fez pouco ou nada – sobre o que dizia. Quanto mais forte e empolgante o discurso, mas aplausos do povão. Mas na hora de apurar os votos prevalecia estratégia do silencioso, que optava pelo emocional/financeiro do pobre eleitorado. Os dois métodos funcionam até hoje.

Por falar em hoje – quarta-feira, 17 de maio de 2017 – o Governo de Alagoas inaugura mais um Centro Integrado de Segurança Pública (CISP), desta vez na pequena cidade de Cajueiro. Os efeitos positivos da estratégia são evidentes em Boca da Mata, Murici, São José da Tapera, Girau do Ponciano, São José da Laje e Ouro Branco, onde os CISP's estão funcionando.

Em tempos de crise nacional o Governo de Alagoas tomou um caminho diferente, desta vez na mão certa, e os investimentos em educação, saúde, infraestrutura e na própria estrutura de segurança apontam para uma luz VERDE no fim do túnel. É importante dizer que o ajuste fiscal foi determinante para manter as contas e o salário dos servidores em dia.

O Estado promove uma mudança social forte, direcionada e focada. Esse é o ponto-chave da questão. Assim como os ricos – e hoje combalidos – Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná e os vizinhos Pernambuco e Sergipe - Alagoas foi surrupiado, mas continua um Estado poderoso em história e belezas naturais. Sem o ajuste fiscal estaríamos, pode ter certeza, em estado de calamidade.

O Governo de Alagoas, na minha visão, tem acertado mais do que errado. Passaria de ano se a prova fosse hoje. Só não concordo - e aí faz parte da margem de erro - quando um marketeiro ou a agência de publicidade faz um texto com a seguinte mensagem: “Durante anos a violência em Alagoas esteve fora de controle”. Nos caracteres do video aparecem as seguintes manchetes de jornais:

"Famílias dizem que justiceiros vão se vingar”

"Bandidos invadem prefeitura"

"Chacina assusta Alagoas"

É deste tipo de erro básico que o governador Renan Filho precisa se livrar. A violência que nos amedronta é social e os óbitos são o resultado, não a causa. No mesmo filme o publicitário poderia dizer:

O Governo de Alagoas continua firme para garantir a segurança dos Alagoanos. Estamos investindo em escolas em tempo integral, na construção de praças esportivas, pagando salários em dia, atraindo empresas e indústrias, gerando oportunidades de trabalho, para que os investimentos na segurança, como este de hoje, como a Força Tarefa e a construção dos CISP's completem a missão de devolvermos ao povo alagoano a dignidade e esperança perdidas há décadas.

Digo isso, senhor governador, porque não há como evitar a ação de justiceiros, não há como evitar que bandidos invadam uma prefeitura ou agência bancária. Da mesma forma não há como o Estado evitar que haja uma chacina.

Aprovo o Governo de Alagoas com nota 8,5 (esta é a minha opinião). Mas desaprovo continuar insistindo em retratar o passado, que ainda nos assusta diariamente.

Wadson Regis

Wadson Regis

Sobre

Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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