PRF apreende 257 motos, prende 11 e recupera 3 veículos roubados

A
manchete deste texto mais parece uma matéria comum, tipo factual,
mas é o resultado de 11 dias de fiscalização intensiva pelas
rodovias federais em Alagoas.
A Operação Duas Rodas, desencadeada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) aconteceu entre os dias 2 a 13 de maio, com o objetivo número um de reduzir o preocupante número de acidentes envolvendo motocicletas.
Só que o resultado foi tão alarmante quanto o número de casos registrados. A PRF utilizou apenas uma viatura de 4 rodas e 10 policiais especializados no motopoliciamento. Em 11 dias as equipes presenciaram mais que flagrantes de imprudência. Foram 1.445 motocicletas abordadas e 179 testes de alcoolemia realizados. No final das contas 1.720 autuações por diversas infrações de trânsito.
257 motocicletas com irregularidades foram removidas para os pátios da PRF, 11 pessoas foram presas, três veículos com queixa de roubo e furto foram recuperados e duas armas de fogo apreendidas.
“A PRF trabalha diariamente para mudar esta ‘imprudência cultural’ do alagoano na condução de motocicletas. Uma prova disto é que, quando falamos de motos, a infração mais comum aqui em Alagoas é a falta do uso de capacete, o principal item de segurança para o condutor em duas rodas, seguido de conduzir sem possuir habilitação”, afirma o Superintendente da PRF em Alagoas, Juliano Lessa.
O trânsito faz parte de uma outra modalidade de “guerra social”. Condutores sem capacete, inabilitados e alcoolizados arriscam suas vidas e a de terceiros porque a carência de educação na base os tornaram cidadãos assim.
Os números contam a história e as motocicletas estão transportando criminosos e fazendo vítimas diariamente. O que acontece com o uso “indiscriminado” de motos, nos dias atuais, tem muito em comum com o que fizeram com várias gerações perdidas. O resultado não poderia ser diferente: Alagoas como Estado Campeão em analfabetismo e milhares de pessoas marginalisadas e sem a mínima visão da necessidade de um mundo justo.
Às autoridades, digo que nunca é tarde para aplicar a lei. Aos infratores, que compreendam que a lei só vai pegá-lo se ele (a) estiver em desacordo.