Campanha continuada de Renan Filho é 'case político' para 2018

O
tripé que sustenta a gestão e o futuro político de Renan Filho
parece sólido, mesmo com a crise nacional e os ataques ao senador
Renan Calheiros. Pelo menos é o que dizem os números de três
pesquisas sobre a avaliação do governador.
A Nova Alagoas, como o governo chama o momento atual, segue na contramão de quase tudo do que acontece no País. A 'terrinha', claro, permanece com cadeira cativa no noticiário nacional e é o único Estado da Federação com os três senadores citados numa mesma operação.
Para manter a 'casa de pé', mesmo com o telhado balançando, foi preciso um novo modelo de fazer política em Alagoas, que também podemos chamar de “a terra da mesmice”. Todas as 102 Câmaras têm a maioria dos vereadores reeleitos ou filhos e netos ocupando a vaga. Na Prefeitura de Maceió, na Assembleia Legislativa, na Câmara Federal e no Senado são os mesmos sobrenomes, alguns com costumes antigos.
Renan Filho venceu a eleição para governador de Alagoas por dois princípios básicos. O primeiro e mais forte, claro, foi por ser filho do senador Renan Calheiros, então presidente do Congresso Nacional. O segundo, não duvide, pela juventude e preparo para o embate.
A vitória do herdeiro político de Renan Calheiros trouxe para o governador uma carga elevada de ônus. Mas o que se viu foi um jovem pronto para mudar o jeito de fazer política, inclusive contrariando a visão do próprio mestre.
O estilo de Renan Filho, que agrada a muitos e desagrada ao meio político, salvou Alagoas do mau caminho, o mesmo trilhado pelas bandas do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná e dos vizinhos Sergipe e Pernambuco. O ajuste fiscal e o combate aos números preocupantes da violência foram os primeiros alvos. Depois vieram os números da Educação e, agora, da Saúde e da Infraestrutura.
Renan Filho, ao seu estilo, como disse ontem na Conversa de Botequim, ao jornalista Plínio Lins, não mistura DNA com política. Talvez esse seja o segredo do seu satisfatório desempenho, em meio à crise nacional.
Resta saber, num futuro bem próximo, se o estilo ostensivo de Renan Filho, extremamente diferente do Mestre Renan, será aprovado em 2018. Porque o costume dos políticos de Alagoas jamais representou o mínimo e, por isso, carregamos a liderança no analfabetismo, no IHD, nas políticas de saúde pública e assistência aos menos favorecidos. Chegamos ao cúmulo de termos a capital e o Estado mais violento do país.
Renan Filho, nãos e engane, não está só; não trabalha só. Tem marketeiro (dos bons, de plantão 24 horas) e passa por um processo minucioso de lapidação pessoal e política. Assim com tem acertado muito, também erra um bocado, principalmente em indicações a cargos estratégicos, mas aí vem do resquício do tradicionalismo que ainda cultivamos.
Torço por Alagoas, porque já sofremos demais, com a conivência dos mesmos sobrenomes. O modelo de gestão do governador, assim como nenhum outro, é perfeito, mas é o que temos de melhor e devemos reconhecer.
Rui, também de sobrenome tradicional, tem um outro estilo, mas também agrada. Na comparação com Renan Filho é o mesmo que água e óleo. Mas dele falarei depois.
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