Wadson Regis

Até quando perderemos vidas para a violência do vício?

Força-tarefa amplia cobertura e garante mais polícia nas ruas. Ponto para o Governo do Estado.

Centro Integrado da Segurança Pública (Cisp) diminui mortes violentas no interior. Ponto para o Governo do Estado.

Mas, enquanto nós – sociedade - valorizarmos a cultura do quanto mais policiais nas ruas melhor e festejarmos a diminuição do número de mortes violentas, continuaremos míopes para a raiz do problema, que tanto preocupa as famílias brasileiras.

O Brasil está perdendo a guerra para a violência causada pelo vício das drogas. O sistema penitenciário do País tem mais usuários de drogas, que homicidas. As cadeias estão cheias de presos que cometeram delitos pelo uso de entorpecentes e traficantes que alimentam os filhos do tráfico.

O Governo Federal e os estados têm errado há anos e colocado em risco várias gerações. Está claro e os especialistas são unânimes: Vício e violência caminham juntos na contramão do harmônico convívio social.

O Brasil não precisa de soluções mágicas e o problema não está na superlotação do sistema carcerário.

No Brasil faltam investimentos às polícias, mas falta muito mais compromisso com as causas sociais e com a formação dos cidadãos.

Em Alagoas, pela primeira vez, é importante que fique claro, há uma força-tarefa para salvar as futuras gerações. E a sociedade já percebeu, ao ponto de conceder à Educação, a melhor nota na avaliação à gestão de Renan Filho.

O mestre Confúcio – o pensador chinês que costumeiramente me refiro, disse há mais de 2 mil anos que O BEM NÃO FAZ BARULHO. Poucos perceberam, mas não houve um só movimento para mostrar que a melhor nota do aprovado governo de Renan Filho – segundo a pesquisa do Instituto Paraná, foi a Educação, com 5,3. A segunda melhor nota foi para a Assistência Social, com nota 4,6 e a terceira foi a Segurança Pública, com 4,5.

Partindo dos números do Instituto Paraná, quem já ouviu algo sobre os investimentos na Assistência Social? A Educação houve-se falar, porque há um trabalho continuo, planejado e não há como não perceber a transformação. Todos, sem exceção, preferem e dão mais valor aos números da violência, que voltaram a preocupar o Governo do Estado e a sociedade. Aqui vai uma crítica ao Estado, que falha quando investe menos na propagação do trabalho realizado e reconhecido pela sociedade, na assistência. 

A transformação porque passa Alagoas se assemelha, claro que com a proporção devida – ao que foi feito na Suécia, China e Japão, que são os países que mais reduziram a criminalidade e o consumo de drogas.

O Brasil continua perdendo batalhas para a violência do vício. Alagoas dá os primeiros passos, que podem ser lentos, porque o atraso é longo. Os dados, confirmados pelo renomado Instituto Paraná Pesquisas, mostram que a sociedade já percebeu, mas que é preciso o mesmo barulho que damos nos casos de violência.

#euacreditoemalagoas 

Wadson Regis

Wadson Regis

Sobre

Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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