Circo montado na eleição da Uveal é uma palhaçada sem graça

A
eleição na União dos Vereadores de Alagoas (Uveal) está marcada
para o próximo dia 25, mas pode não acontecer nesta data. Há
candidatos e grupos que não concordam com o edital publicado e
ameaçam acionar a Justiça para suspender o pleito.
Com sete nomes na disputa o processo de escolha da nova diretoria apenas reforça a fragilidade da entidade que tem o maior número de representantes políticos, eleitos pelo povo de Alagoas.
A Uveal também vai de encontro ao que acontece, de forma natural, nas eleições das Câmaras municipais. A grande conquista dos vereadores filiados, em comparação à Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) ou a Assembleia Legislativa (ALE) é que a Uveal tem um clube de lazer, em Marechal Deodoro. E só.
Com pouco mais de 60% de Câmaras filiadas e inadimplência assustadora, a Uveal passou de patinho feio para vitrine política. Talvez tenha sido porque o ex-presidente Hugo Wanderley tenha vencido a eleição para prefeito de Cacimbinhas e aclamado presidente da AMA. Não há outro motivo para explicar o desejo desenfreado de sete grupos disputarem algo que, na prática, não representa a maioria dos 1.076 vereadores.
Também é lamentável um pré-candidato chamar o pleito de “circo com palhaçada sem graça”.
Tenho
uma opinião e sugestão sobre o assunto:
A Uveal é maior que
qualquer dos nomes postados. É uma entidade que precisa se fazer
importante, que carece do reconhecimento dos próprios vereadores, a
maioria novatos.
Se não há consenso, maturidade e grandeza nem para aceitação de edital de convocação para eleição, sugiro que o presidente interino proponha a realização de um congresso, com a participação de todos os vereadores, para que possam debater o futuro da Uveal. E que neste evento, de forma ordeira, sejam escolhidos os representantes que tenham capacidade de unir e garantir força aos frágeis vereadores alagoanos.
Circo é bom, mas sem graça é uma desgraça.