Juíza proíbe tinta no carnaval e ameaça brilho do Tudo Azul

A
seca, que agora preocupa a Zona da Mata de Alagoas, também afetará
a economia sazonal da região e deixará pobre a folia de momo, neste
carnaval.
Com a escassez do precioso líquido a Justiça entrou em ação para evitar o desperdício durante o período carnavalesco. Pelo menos será assim em Branquinha e Murici.
Uma decisão da juíza Emanuela Porongaba,, da Comarca de Murici, “proíbe terminantemente a distribuição/utilização de tinta de qualquer cor, dentro ou fora dos blocos carnavalescos durante as festividades”.
Com isso, o mais tradicional bloco de rua do Estado, o Tudo Azul, em Murici, corre o risco de não sair neste ano, com o mesmo brilhantismo. É que a marca do bloco, fundado em 1956, é justamente a tinta azul (xadrez).
O Tudo Azul leva às ruas de Murici cerca de 60 mil foliões, de várias partes do Estado. Os homens, no geral, vestem apenas bermuda e o corpo fica coberto com a tinta azul. As mulheres também diminuem no tecido porque o que predomina nas ruas é o azul (da tinta).
A assessoria do prefeito Olavo Neto disse que a folia está mantida, mas sem o uso da tinta. O também tradicional Bloco do Caixão, que sai na segunda-feira, 27, e utiliza o preto como cor predominante, também está confirmado.
O Tudo Azul sairá na terça-feira, 28. Festa mantida, mas certamente sem o mesmo brilho.
Quanto
à decisão da magistrada faz todo sentido, porque devido a estiagem Murici sofre com
o abastecimento de água.
Decisão da juíza proibindo o uso de tinta durante a folia em Murici e Branquinha