Continua a 'briga' no PMDB, pelo comando da União dos Vereadores de Alagoas (Uveal). O partido tem maioria para manter a presidência, mas uma disputa interna vem movimentando os bastidores, o que só deve ser resolvido quando o governador Renan Filho colocar os pretendentes numa mesma conversa.

A disputa interna do PMDB abriu brecha para que o PSDB, que elegeu 78 vereadores, lançasse o nome de Diomedes Rodrigues, de Pão de Açúcar. Agora, o PSDB abriu caminho para se unir ao bloco liderado por Anizão (PMDB de Murici), mas a estratégia dos tucanos, na verdade, é bombardear ainda mais o clima desconfortável que há no partido liderado, em Alagoas, por Renan Filho.

O PMDB não é partido nanico, onde cada um faz o que quer. No PMDB, o maior partido do Brasil, que tem como líder o senador Renan Calheiros, as regras são diferentes e o comando resolverá, a qualquer momento, a pequenice que expõe uma falha de comando.

A informação que tenho é que o governador Renan Filho tem sua preferência e que vai convocar, antes do carnaval, os candidatos do partido, as lideranças que circulam com seus blocos pelo estado e outros nomes que têm peso político.

Renan Filho sabe que não pode continuar abrindo espaço para especulações de derrota em pleitos, como aconteceu nas eleições majoritárias em Arapiraca, Maceió e Marechal Deodoro, por exemplo, e na recente formação da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.

Na próxima semana ou o comando do PMDB anuncia quem é o candidato dos líderes ou pode correr para um novo vexame.

Sobre a candidatura do comando do PMDB está claro que o nome é de Renildo Calheiros, PMDB de Murici, primo do governador, que também já conta com o apoio do ex-presidente da Uveal e atual presidente da AMA, prefeito de Cacimbinhas Hugo Wanderley (PMDB).

Hugo, segundo uma fonte peemedebista, já trabalhou junto às famílias Beltrão e Pereira para juntar o vereador Edinho (PMDB de Coruripe), no bloco de Renildo, que tem Olavo Neto, prefeito de Murici, como um dos coordenadores da campanha.

É fato que a eleição da Uveal corre para o mesmo entendimento da AMA, que tinha três candidaturas do PMDB, com chances reais de vitória, e o consenso foi a saída honrosa para o partido.