Wadson Regis

Ponto Vivo está 'matando' bolsões de lixo em Maceió

Após 7 dias área permanece totalmente limpa

O Projeto Ponto Vivo, criado em 2010, pela Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum), é um bom exemplo para que tenhamos uma sociedade mais justa. A iniciativa prova, também, que a população pode e deve ser usada como parceira para que tenhamos uma cidade limpa.

A Slum não sabe quantos bolsões de lixo estão espalhados pelas ruas e avenidas da capital porque, semanalmente, novos focos são criados. O desafio é ainda maior porque apenas dois ou três Pontos Vivos surgem todos os meses. “É uma luta constante, mas já eliminamos 139 pequenos lixões em diversos bairros de Maceió”, me disse David Maia, superintendente da Slum.

Ele explicou que o projeto é simples e tem surtido o efeito esperado, porque a Slum torna a área num espaço de educação ambiental, com manutenção periódica, sempre que necessário.

Um bom exemplo do êxito do Ponto Vivo pode ser visto na calçada de um terreno de esquina, na Rua Paulina Maria de Mendonça, na Jatiúca. Antes, o lixo estava sendo jogado dentro do terreno baldio, onde há alguns anos funcionou um badalado bar. Mensalmente a empresa que faz a limpeza urbana tirava os entulhos mas, no mesmo dia, começava a se formar um novo bolsão de lixo.

No dia 15 de janeiro deste ano a Slum montou o Projeto Ponto Vivo, no local. Passados 7 dias (conferidos na manhã desta segunda-feira, 23), toda a área continua limpa.

Conversei com dois moradores da rua e percebi a importância da sociedade dentro do processo. “Se colocarem lixo aí eu vou fotografar e mandar para a polícia. Agora é proibido colocar qualquer coisa naquela área”, disse um deles. “Já avisei ao porteiro aqui do prédio que, ao perceber alguém jogando lixo lá, pode me chamar que sei o que fazer”, acrescentou o segundo morador.

Moral da história: Quando o Poder Público faz sua parte e chama a sociedade para participar o resultado acontece. Quando a sociedade percebe que precisa fazer sua parte o resultado acontece.

Detalhe: No Ponto Vivo da Paulina Maria de Mendonça a Slum plantou 10 ipês, utilizou 30 pneus inservíveis e colocou a placa avisando que é proibido colocar lixo no local. Simples assim.

Em tempo: Procurei saber da Slum qual o procedimento que deve ser adotado pelos moradores para que o Ponto Vivo seja implantado na sua rua. É só ligar para o Disque Limpeza 3315-2600.


Wadson Regis

Wadson Regis

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Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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