Wadson Regis

Presídios de Alagoas terão bloqueadores de celular. FINALMENTE!

Há seis anos sem rebelião o Estado de Alagoas também segue na contramão de vários estados brasileiros, mesmo sem estarmos voando nas azas da paz. Mas, calma! Não há nenhuma batalha vencida.

Os especialistas em segurança vêm advertindo há anos, que as facções criminosas, sempre citando o Primeiro Comando da Capital (PCC) como exemplo, têm conquistado espaço e arregimentado soldados do mal, nos quatro cantos do País. Alguns deles chegaram a citar que o Brasil corre o risco de assistir cenas macabras, como as protagonizadas pelos cartéis no México, com corpos expostos em áreas públicas, sempre com requintes de crueldade.

Há uma guerra do crime em andamento há muito tempo. Em 1993, com o surgimento do PCC, em São Paulo, deram pouca importância, porque imaginavam que seriam uma espécie de Comando Vermelho (CV), com ação centralizada no Rio de Janeiro.

Com o passar dos anos os governos foram apostando na politicagem da amizade e fecharam os olhos para o exército do crime. Na verdade, porque o crime do PCC, Comando Vermelho e similares não concorria e até ajudavam nas campanhas eleitorais.

Há anos o Brasil está em colapso na Educação, Saúde, Assistência Social e, claro, na economia, que ganhou destaque exacerbado com o modelo populista de Lula e o PT.

Com os pobres comprando mais, chegaram a falar que o Brasil estava vivendo a Revolução dos Pobres.

A imprensa tem papel importante no que está acontecendo no País, porque mais de 80% das empresas de comunicação, principalmente rádio e televisão, estão sob o comando de políticos. Pare esse tipo de gente, criticar bandido é crime.

Já vimos tanto esse filme, na TV, no cinema e na vida real, que ficou fácil saber: o ladrão ou o bandido, em regra, só parte para o enfrentamento quando há o risco de perder espaço. É assim na política – CARREGADA DE BANDIDOS – e no mundo do crime, que em muitos casos bancou, durante anos, justamente os políticos – outra categoria criminosa organizada (salve raríssimas exceções).

O crime organizado não cresceu apenas no contigente, avançou em postos estratégicos e hoje já ocupa câmaras de vereadores, prefeituras, assentos em assembleias legislativas e na Câmara Federal. É real.

Para se ter uma ideia do quanto estamos – enquanto sociedade – reféns dos grupos organizados, observe que o Estado de Alagoas, só agora, terá um aparelho bloqueador de celular. Já ouvimos falar muito desse equipamento, que agora será instalado, graças ao investimento do Governo Federal, que vai liberar R$ 44 milhões para a segurança pública de Alagoas.

No Rio Grande do Norte havia bloqueador de celular, mas o pessoal desligava o equipamento para que a comunicação com o mundo fora das grades fosse possível. Será quem ninguém sabia?

O Governo de Alagoas vive um outro momento, ainda que muita gente torça pelo quanto pior melhor. Deixo como exemplo o próprio Sindicato dos Agentes Penitenciários, que criticou a construção de novos presídios no Estado. Ora, se a cadeia é alugada, reclamam; se não tem condições de trabalho, reclamam. Se o presídio é feito de isopor, reclamam.

Alagoas também está na rota do PCC e as rebeliões poderiam ter começado por aqui. Quem disse que não podem acontecer por aqui?

Ainda precisamos orar, rezar e fazer preces para que saiamos e voltemos com a graça de Deus.

Devemos festejar cada conquista e continuarmos cobrando, pelo mínimo que precisamos, para que tenhamos paz e prosperidade, além de muitos anos de vida.

Wadson Regis

Wadson Regis

Sobre

Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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