O Ministro Marx Beltrão jogou alto demais para chegar onde está. Seu desempenho lhe coloca à frente, com certa vantagem, de três candidatos a novos protagonistas na política alagoana, que são JHC, Maurício Quintella e Rodrigo Cunha, nesta ordem mesmo. À frente deles, também por esta ordem, Renan Filho e Rui Palmeira.

Marx sabe que quem aposta alto corre o risco de perder tudo. Jovem, porém experiente, o ex-prefeito de Coruripe tem feito o dever de casa para conseguir o aval do partido e atrair aliados para seu Plano A, que é disputar o Senado, numa dobradinha do PMDB, com Renan Calheiros.

Aliados e adversários acompanham que Marx tem andado pelo Estado e reunido, semanalmente, em seu escritório político, lideranças comunitárias, vereadores, vice-prefeitos, prefeitos e políticos sem mandato, para formar seu exército. Ele sabe que pode ir fazendo o que quiser, mas a indicação ao Senado passa por Renan, por uma série de fatores, que não vêm ao caso agora.

Por enquanto Marx vai arregimentando forças, formando exércitos aqui e acolá. Um amigo muito próximo do ministro do Turismo me disse, com todas as letras e garantia de 100% - convicto pela amizade – que Marx Beltrão só não disputará, em 2018, uma das vagas para deputado federal.

A conversa avançou e entramos nos detalhes da possibilidade real, dele ser brecado pelo partido, na vaga ao Senado, para facilitar as composições. Daí veio a surpresa: “Se ele não for para o Senado, será o vice-governador de Renan Filho e fica a um passo de ser governador em 2022”, disse a fonte.

Faz sentido. Renan Filho e Marx são do PMDB, da mesma geração e fazem parte da sequência - mais do mesmo - da política familiar, em versões modernas e atualizadas diariamente. Mas e Luciano Barbosa, perguntei. “Arapiraca não pode ficar sem um deputado federal. É um erro estratégico. O Luciano tem prestígio na região e com o apoio dos Calheiros e Beltrão certamente será o federal mais votado”, disse o amigo em comum.

Não duvido de jeito nenhum. Claro que posso receber uma nota da assessoria do ministro, desmentindo essa possibilidade. Se chegar publicarei, mas assino embaixo, que descobri o Plano “B” de Marx Beltrão – que no final seria bom para todo mundo (do grupo, é claro)..

Os grandes agem assim, sempre precavidos, com o alfabeto de planos.