Wadson Regis

Quem diria, o submundo da política acordou a Justiça

Sabe aquele estória de efeito dominó?

E aquela que diz: uma laranja podre acaba com o suco?

Vamos evoluir para o brilhante Nicolau Maquiavel, que disse “Em política, os aliados de hoje são os inimigos de amanhã”. 

E Confúcio, o Mestre dos pensadores: “Se queres prever o futuro, estuda o passado”.

Mas há um dito popular que também cai perfeitamente no momento atual: A Justiça tarda mas não falha”. Kkk

Pois é, antes que as pedras despenquem e o suco vá pro lixo, alguém gritou lá no final da fila: Ei!!!!!!! eu não posso perder meus direitos. O grito veio da Justiça Brasileira, aquela, que na semana passada foi detonada pelo deputado Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS).

Para quem não leu o texto anterior, veja algumas das frases do deputado sobre o judiciário brasileiro.

Será que só o Sergio Moro viu a corrupção?”

Será que o judiciário não sabia que tinha corrupção?”.

Se todos os juízes fossem dedicados e honestos neste ponto, nós chegaríamos até esse ponto?

Será que se todos os promotores fossem honestos e dedicados como os da Lava-Jato a corrupção chegaria no Brasil a esse ponto?”.

O CNJ já provou que é comparsa da corrupção interna do judiciário e do Ministério Público”.

Juiz e promotor no Brasil ganham dinheiro ilegal sem previsão de lei, porque ministro do STF decidiu. Não tem lei, mas tem que ganhar”.

A maior corrupção do Brasil não está na Lava-Jato. Está no salário ilegal, que são 10 bilhões de dinheiro ilegal que estão nas corporações. Lobo não come lobo. Durante décadas a corrupção no judiciário foi acobertada pelo Legislativo. E a do Legislativo acobertada pelo Ministério Público”.

A sociedade é roubada pelas corporações”.

É claro que na política há boas cabeças. Também é evidente que nem toda laranja está podre no judiciário, mas tinha que vir de um deputado, filho de Nelson Marchezan (procure saber quem é) duas perguntas tão elementares:

Será que só o Sergio Moro viu a corrupção?”.

“Será que o judiciário não sabia que tinha corrupção?”.

Não, senhores da Justiça, que aqui em Alagoas os cumprimento na pessoa do mais que nobre e honrado juiz (aposentado) Diógenes Tenório – morador da Rua 7 de Setembro, lá em Murici.

Realmente a Justiçaaqui da terra – tarda e muitas vezes falha. Acordaram tarde demais e falham quando olham para o próprio umbigo.


Há tempo para mudar o caminho? sim, claro. Mas há exército para esse tipo de confronto, no judiciário brasileiro? 

Para finalizar, também já ouvimos dizer que: "Todo mal pagador é um exímio cobrador". Essa é a questão.

Wadson Regis

Wadson Regis

Sobre

Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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