Wadson Regis

AMA, Uveal e Câmara de Maceió. Três eleições que iniciam a “guerra” para 2018

A Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) pode implodir. A União dos Vereadores de Alagoas (Uveal) tem tudo para crescer. E a Câmara de Vereadores de Maceió dará o tom do poderio político de Renan Filho e Rui Palmeira para as eleições de 2018, em Maceió, maior colégio eleitoral do Estado.

Que fique bem claro o seguinte: Para o pleito de 2018 tudo pode acontecer, exceto a aproximação entre o governador Renan Filho e o prefeito Rui Palmeira. E esta possibilidade é o que de melhor se apresenta para os maceioenses e alagoanos, em geral.

O clima de oposição, envolvendo os dois líderes, fará com que suas promessas sejam concretizadas em tempo recorde, para o bem do povo sofrido, que há décadas, espera pela visão do progresso.

Os dois prometeram demais. “Tem obra aqui, tem obra ali, tem obra em todo lugar” e “Fui eu que fiz e vou fazer muito mais”, devem ser os chavões da campanha ao Governo de Alagoas.

Só que antes do jogo começar três eleições internas vão mudar a condução do pleito de 2018.

Na AMA deve vencer o PMDB. Com exceção de Pauline Pereira (PSDB), prefeita de Campo Alegre, todos os nomes com chance real de vitória são do PMDB. O problema é que os tucanos não aceitam a articulação vinda do comando do aprtido, que quer Hugo Wanderley (Cacimbinhas).

Na Uveal também deve ficar com o PMDB. Anizão (Murici) e Edinho (Coruripe) são os mais cotados. Neste caso não há jeito para o PSDB intervir. Os dois são do mesmo partido, mas divergem na forma como querem montar a eleição, que passa por apoios na AMA. Nos dois casos os grupos políticos das famílias Beltrão e Pereira apoiam Hugo, por Edinho na Uveal. O entrave está aí, mas o PMDB comandará a - ainda - esquecida Uveal.

Já na Câmara de Maceió o PMDB começou a jogar duro para evitar a reeleição do tucano Kelmann Vieira, candidato apoiado por Rui Palmeira. Esta semana, num restaurante na Jatiúca, um grupo de vereadores falava alto – demais, por sinal – talvez pela força do álcool na veia – sobre os encaminhamentos do Palácio para anular a candidatura do delegado Kelmann.

Moral da história, que está só começando: O PMDB deve vencer por 2 x 1, mas na AMA, onde estão os prefeitos dos 102 municípios, o nome precisa ser negociado ou ela vai implodir, o que seria um desastre para uma entidade que ganhou respeito há alguns anos.

Ainda no caso da AMA, há nomes do PSDB que transitam bem no PMDB. Como há quadros no PMDB que sentam à mesa com o PSDB. Ou há o entendimento, sem forçar a barra, ou todo trabalho de construção de uma entidade representativa vai por água abaixo.

Mas este assunto deve ser visto, analisado e posto à mesa, pelos prefeitos. A AMA precisa ser maior que a disputa entre Renan Filho e Rui Palmeira.

Ps> Só um detalhe: Rui já confessou a amigos que topa o desafio. O entrave é saber se ele, como tucano (os pássaros do muro) terá ousadia de renunciar ao cargo de prefeito no início de 2018. Se topar será o grande clássico político dos últimos anos. Dois jovens de linhagem política com discurso do novo e querendo fazer mais que o outro.

Seria um grande pleito. Ou será?       

Wadson Regis

Wadson Regis

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Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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