Wadson Regis

Com concursos em 2017, governador quer 'modelo Detran' no serviço público estadual

Renan Filho diz que Estado precisa da oxigenação no serviço público

O serviço público brasileiro é um dos piores prestados à população. São raras as exceções de satisfação, onde o (a) cidadão (ã) encontre harmonia no ambiente de trabalho, tecnologia de ponta, qualificação profissional e excelência no resultado final.

Alagoas, que já exportou muita coisa ruim para o País, tem dois exemplos que se aproximam de um modelo eficaz.

O primeiro caso pode ser visto na Algás, que opera no mercado de comercialização de gás natural desde 1994 e numa atitude ousada, já em 1996 tornou-se a primeira empresa do País a assumir o seu sistema de distribuição, até então operado pela Petrobras. A Algás também é a primeira distribuidora de gás natural do Brasil a se declarar uma empresa de integração energética.

O Governo de Alagoas é acionista majoritário da Algás, com 51%. A Gaspetro - empresa subsidiária da Petrobras, e a Mitsui Gás e Energia do Brasil têm, cada uma, 24,5%. A concessionária segue um modelo colegiado, baseado na unanimidade, no qual as principais decisões coorporativas dependem da concordância de opinião dos representantes dos três sócios.

O surgimento, crescimento e fortalecimento da Algás começaram no governo de Ronaldo Lessa, avançaram na gestão de Teotonio Vilela Filho e se consolidam com as metas alcançadas na administração de Renan Filho.

A Algás, que teve seu quadro de pessoal oxigenado através de concursos públicos, tem Propósito e Princípios, que são condutores de estratégias e ações que levam a organização a se destacar no mercado local e nacional.

O segundo exemplo é o Detran. De GRANDE CASA da corrução pública no passado, pouca gente sabe, virou um exemplo de gestão pública e, sem dúvida, a melhor e mais importante referência no serviço público estadual.

O Detran também começou a virar a página no governo de Ronaldo Lessa, sendo fortalecido com Teotonio Vilela e muito bem gerenciado agora, com o advogado Antonio Carlos Gouveia, na administração de Renan Filho.

Com já falei, aqui, antes, o mais importante, saiba você, é que estas mudanças não são méritos de um só governo.

No caso da Algás, o Estado detém 51% das ações, mas a autonomia financeira fica com as duas empresas estatais. A indicação do presidente é do governador. E aqui abro um parêntese para a indicação do professor-doutor Arnóbio Cavalcante, uma das mentes pensantes que enriquecem administração pública.

Já o Detran é 100% nosso. As iniciativas para a quebra de paradigmas foram dos governantes já citados, mas a participação do servidor foi essencial. Detran e Algás se equiparam em quesitos como qualificação profissional, com a maioria de seus colaboradores portadores de nível superior e outras graduações.

A Algás, em nível de Brasil, e o Detran, que disputa espaços de excelência no serviço público brasileiro, são as referências para que Alagoas vire, definitivamente, a página do atraso e da corrupção.

É com esse propósito, me disse o governador Renan Filho, que sua gestão vai focar na qualificação do servidor público. E 2017 será o primeiro passo. A equipe técnica do Governo de Alagoas está finalizando o planejamento para a realização de novos concursos, a partir do primeiro semestre do ano que vem. Estão em processo mais avançados os certames da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e Educação.

Ouvi do governador que a política de concursos vai mudar. Os aprovados serão chamados dentro do previsto no edital. A proposta do governador é por fim à possibilidade de reserva técnica, mas investir no quantitativo de concursos e na qualificação dos novos servidores.

A nova política de acesso ao serviço público pode - assim aconteceu com a Algás e transformou o Detran - ser um passo importante para que o cidadão alagoano tenha motivos para dizer: Tenho orgulho de ser alagoano.

PS.: Só lembrando: A proposta do Governo do Estado é promover vários 'pequenos' concursos públicos para o preenchimento das vagas onde haja carência. Serão certames individuais. O número de vagas, me confirmou o governador, será de acordo com a necessidade dos órgãos e a capacidade financeira do Estado. "Não vamos apenas contratar, vamos investir na qualificação profissional e garantir o melhor ambiente de trabalho possível. É uma semente que estamos plantando e que certamente terá os bons frutos para a administração pública", destacou o governador.

Wadson Regis

Wadson Regis

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Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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