Que nota Renan Filho teria se fosse avaliado por metas e êxitos?

É assim que o governador avalia seus
líderes de primeira ordem – os secretários de Estado. Eu daria
nota 7. Respondendo logo à manchete. Ou seja: passaria de ano.
Sem entrar no mérito da estrutura de governo, Renan Filho acertou quando apostou nas contas públicas e na segurança pública.
Economista por formação, tinha informação privilegiada (tecnicamente falando) sobre a chegada da crise financeira. Assumiu com Alagoas e a capital do Estado liderando os índices de violência.
Nomear dois técnicos para comandar a Secretaria da Fazenda e a Segurança Pública foi determinante para que Alagoas não entrasse em colapso e ele ganhasse a confiança do povo alagoano.
As primeiras medidas, de impacto, são comuns em qualquer governo. É o jeito “padrão” de dizer: chegamos!
Focarei, neste post, o que acredito ter sido a mola-mestra para garantir os bons números sobre a avaliação do Governo.
1 - A Segurança Pública, como o promotor de Justiça Alfredo Gaspar de Mendonça, ganhou austeridade e presença constante de polícia nas ruas. Inclusive com ele, dia, noite e madrugada acompanhando 'in loco' as ações ostensivas. Logo, os números da violência elevaram a auto-estima da sociedade e o Governo ganhou confiança. “O bandido tem que respeitar a polícia. Ele tem que temer a polícia”, disse o então secretário, durante uma das centenas de prisões que acompanhou.
2 - Na Secretaria da Fazenda as descobertas, os arrochos e o conhecimento do secretário George Santoro incomodaram muita gente, mas as contas estão sendo pagas, graças ao trabalho de sua equipe. “A maioria dos estados não consegue pagar a folha de pessoal em dia e muitos não terão condições de pagar o 13º. Alagoas está conseguindo manter suas contas em dia porque não fez besteira. Não dá para soltar a rédea agora. Se soltar, o Estado quebra, como outros quebraram”, alerta George Santoro.
Nas demais pastas, como Educação e Saúde, é preciso tempo e dificilmente será na era Renan Filho que deixaremos a rabeta da vergonha. Quanto à política de investimentos, também propagada pelo atual governo, os resultados são, no mínimo, a médio prazo.
Renan Filho sabe da responsabilidade que tem, como governador e como filho do presidente do Congresso Nacional. Não há como negar que sua vitória foi o reflexo do poder e prestígio que Renan Calheiros construiu ao longo de 40 anos de vida pública.
Ser prefeito de Murici foi Renan que fez (não Cícero sic); a reeleição com a maior média de aprovação da família Calheiros, já foi mérito seu.
A eleição de deputado federal foi, também, graças ao prestígio, poder e articulação de Renan e de Olavo Calheiros, que lhe entregou, de bandeja, o 1515 - de tantas vitórias.
A eleição de governador também teve o prestígio político de Renan e Olavo. Renan Filho assumiu o Estado na sombra política do sobrenome Calheiros e, agora, para 2018 terá, assim como fez em Murici, que mostrar vida “política” própria – claro, sem se desligar dos mentores.
Portanto, ao conseguir manter a equipe econômica e investir, dentro dos limites, na Segurança Pública, inclusive com a garantia de novo concurso para as polícias e Bombeiros, Renan Filho passa de ano, num momento de reprovação em massa para a categoria.
O governador pode até não gostar do 7, mas passar de ano é a meta "inicial" de qualquer aluno.
Ps.: Digo aluno porque os governantes têm, a cada quatro anos, uma prova de acerto de contas nas urnas.