Estratégia de grupos indica disputa pela presidência da AMA
A
Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) é a maior vitrine
política para os prefeitos e prefeitas. Pela presidência já
passaram Fernando Collor, Ronaldo Lessa, Benedito de Lira e Luciano
Barbosa, só para citar alguns exemplos.
Agora, três ex-presidentes já confirmaram o desejo de retornar à presidência: Jarbinhas (PSDB /Messias), Rosiana Beltrão (PMDB/Feliz Deserto) e Palmery Neto (PMDB/Cajueiro). Também estão no páreo Marcelo Lima (PMDB/Quebrangulo), Hugo Wanderley (PMDB/Cacimbinhas), Pauline Pereira (PSDB/Campo Alegre) e Jeannyne Beltrão (PRB/Jequiá).
Está claro que não haverá sete chapas. Nem seis, nem cinco, nem quatro. Três já seria difícil, mas a disputa pela presidência da entidade que representa os prefeitos caminha para uma disputa PESSOAL de poder. Portanto, a AMA deve ter, sim, disputa. O que é natural e democrático. Só que a Associação não tem disputa há mais de uma década.
Não é possível arriscar quem serão os candidatos. Sabe-se que há grupos afinados. Se a disputa realmente acontecer haverá racha e já se fala, outra vez, em criar uma nova entidade que represente os prefeitos. Essa possibilidade não está descartada e ganha força caso o grupo liderado pelo ministro do Turismo, Marx Beltrão (PMDB), vença a eleição.
Dos nomes citados acima, Rosiana, Jeannyne e Pauline (que representam as famílias Beltrão e Pereira) fazem parte do grupo de Marx.
Marcelo Lima, Palmery e Jarbinhas estão em outro bloco. São veteranos e conhecem como poucos os caminhos do entendimento. Desse grupo, o prefeito de Quebrangulo, que vai para o quinto mandato, foi o único que não ocupou o cargo de presidente. Muito bem articulado, Marcelo Lima é, por enquanto, o nome mais forte do PMDB para comandar a AMA.
Por fora, porém não muito longe, o nome de Hugo Wanderley, duas vezes presidente da União dos Vereadores de Alagoas (Uveal), surge como alternativa. Novato no executivo, ele conta com o apoio da cúpula máxima do PMDB.
Na minha opinião Hugo será presidente se houver o racha dos grupos. O motivo é simples: ele não tem grupo, mas conta com o aval do Palácio.