Wadson Regis

Você sabe a diferença entre JHC e Paulão do PT?

A resposta é bem simples: um, todos querem; o outro, ninguém quer. É chato escrever as linhas que seguem, mas é a pura verdade para o deputado Paulão.

Sindicalista atuante nos anos 80; político combativo desde os anos 90, Paulão foi a cara dos trabalhadores na Assembleia Legislativa. Chegou à Câmara Federal com o total apoio do PMDB. Era o fim do começo de uma aliança improvável (se voltássemos no tempo).

Vitorioso nas urnas em 2014 para a Câmara Federal, contrariando a maioria das previsões, Paulão deu uma alavancada no poderio político mas, num piscar de olhos, com o impeachment de Dilma, morreu pela boca, ao romper com o PMDB alagoano. 

No primeiro turno da eleição majoritária de Maceió foi um desastre, só vencendo no item rejeição. Quinto colocado, Paulão decidiu não apoiar ninguém no segundo turno. Na verdade, para ser bem justo, ninguém quis o apoio de Paulão. É ponto pacífico.

Quanto ao jovem JHC, por enquanto é o contrário. Ele é a bola da vez, mas também pode morrer pela boca. Aliás, a boca de JHC é uma verdadeira metralhadora, municiada pelos cartuchos do pai, João Caldas.

Terceiro colocado no primeiro turno e muito bem avaliado, principalmente pala geração milênio, ou seja, os jovens, JHC pode seguir em frente, mesmo até não apoiando ninguém no segundo turno. Mas pode começar a trilhar o caminho das trevas, onde Paulão se perdeu.

O dia de JHC é hoje, às 21h, em tempo real, pelo Facebook, a principal rede social do planeta.

Minha aposta é que ele dirá que ficará neutro. Mas o PSB, já sei e confirmei: fica com Rui. 

Wadson Regis

Wadson Regis

Sobre

Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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