Eleição em Maceió pode ser definida em primeiro turno

A preocupação com a
qualidade de vida foi a grande bandeira de Rui Palmeira
(PSDB). Numa administração sem escândalos a busca pelo avanço da
gestão compartilhada e alternativas sustentáveis foi, sem dúvida,
um diferencial revelado na reta final da campanha e confirmado com os
números das pesquisas eleitorais registradas e divulgadas.
A estratégia de marketing da Prefeitura de Maceió foi plenamente inversa ao modelo ostensivo nos oitos anos de Cícero Almeida (PMDB) à frente do Executivo. Cícero foi uma espécie de garoto-propaganda dele mesmo. Estava nas rádios de segunda a sábado fazendo elogios ao próprio. Deixou o governo desgastado sem, ao menos, ter condições de indicar um sucessor. Para os que não lembram a indicação de Ronaldo Lessa foi de Renan Calheiros.
O bom debate, que na verdade deveria ter sido um acerto de contas entre dois nomes que teriam o que mostrar e comparar, acabou dando lugar a pequenices da velha política. Como indicam os institutos Ibope, Paraná e Gape, Cícero Almeida foi amplamente massacrado pelos números e pode perder não só a eleição, como ficar em terceiro na disputa. Perder faz parte do jogo, mas se ficar abaixo de JHC (PSB), como se desenham os prognósticos, pode ser o fim de um fenômeno que chegou falando alto e saiu na surdina.
O discurso do NOVO agora estar com JHC. Também controverso em muitos aspectos, o jovem deputado federal já conseguiu um feito que a elite política não permitia há décadas. JHC, mesmo filho do polêmico João Caldas é, sem qualquer dúvida, o NOVO protagonista da política em Alagoas.