Wadson Regis

Se meu voto dependesse do debate da TV Pajuçara estaria indeciso até agora

Um palco muito bem montado para quatro homens com acento na Câmara Federal. Todos eles  também já tiveram acento na Assembleia Legislativa de Alagoas. Dois deles já sabem como é administrar, na condição de prefeito da capital e, ainda assim, o debate promovido pelo Pajuçara Sistema de Comunicação (PSCOM) foi muito fraco.

Se na TV Mar o destaque foi o mediador Mauro Wedekin, na Pajuçara pode creditar o lado bom à organização. E vou mais além. Como jornalista profissional que cobre política há 20 anos posso afirmar que, se estivesse indeciso, continuaria assim. Por convicção já tenho meu voto para prefeito e vereador, mas imagino os mais de 15% de indecisos, segundo os números de Ibope e Paraná Pesquisa.

Se os indecisos ou aqueles que dizem votar nulo assistiram aos dois debates realizados até agora, certamente ficariam ainda mais convictos de que o melhor nome é... não sei. Pelo que vi nos debate fica difícil de escolher.

Vamos aos casos:

Paulão (PT) centralizou seu discurso na mobilidade urbana. Fez críticas à gestão de Rui. Errou, porque uma das bandeiras do tucano é justamente mobilidade.

JHC também focou no ataque a Rui. Na condição de ex-aliado, ficou clara a pirraça de ex-amigo.

Cícero teve seu ponto alto quando desafiou Rui a provar que ele está envolvido na Máfia do Lixo. Cícero também errou quando questionou que, caso exista no processo alguma referência à Máfia do Lixo, renunciaria à candidatura. Cícero jamais poderia ter partido para esse foco. Máfia do Lixo é o nome pejorativo dado por parte da imprensa à ação penal 956/Alagoas, iniciada no Ministério Público Estadual e que está no Supremo Tribunal Federal (STF), pronto para ser julgada. O relator é o ministro Dias Toffoli. O processo existe e Máfia do Lixo é só o apelido, assim como Prefeito Forrozeiro já o foi um dia, para designar Cícero.

Já Rui Palmeira, como de costume, mostrou-se engasgado, travado e não muito à vontade.  Pipocou quando foi desafiado para o duelo com Almeida. Era ali a grande chance que todos tinham para acordar os telespectadores. Foi um debate lastimável – da parte dos candidatos, que fique bem claro.

Wadson Regis

Wadson Regis

Sobre

Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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