Liminar com retorno de Almeida ao Guia Eleitoral afronta a própria Justiça

A liminar concedida pelo desembargador
eleitoral Fabio Gomes, na noite deste sábado, determinando o retorno
imediato de Cícero Almeida (PMDB) ao Guia Eleitoral gratuito, no
rádio e na Tv, reforça a fragilidade da lei perante a opinião
particular de que tem o poder da caneta.
Cícero foi punido pelo juiz da 54ª Zona Eleitoral por conta dos ataques do vereador Silvano Barbosa (PMDB) contra Rui Palmeira (PSDB). Os advogados do tucano entraram com representação e o juiz penalizou Cícero com quatro dias fora do Guia Eleitoral. Em tese, a pena deveria ser cumprida.
Por outro lado, o jurídico de Cícero recursou e o desembargador eleitoral determinou o retorno imediato.
Não tenho competência, muito menos o direito de emitir juízo de valor sobre se caberia pena ou não. Mas como cidadão observo o total desrespeito ao povo.
Se haveria qualquer possibilidade de rever a decisão do juiz, porque não houve entendimento antes? O prejuízo para Cícero foi incalculável – isso porque alguém da própria Justiça interpreta que não havia a necessidade de pena.
Se a Justiça não sabe o que faz, como podemos cobrar de um eleitor humilde que não venda seu voto. Ora, se comprar voto é crime para o comprador e o eleitor que vende, alguém da Justiça poderá alegar, depois, que a pessoa vendeu o voto porque precisava do dinheiro para comprar comida, por exemplo.
Meu EXEMPLO é tão bizarro quanto a desautorização de uma ordem da própria Justiça. Vá entender cabeça de juiz e mente de desembargador...
Para avacalhar ainda mais o caso, o advogado Luciano Guimarães, que fez a defesa de Cícero, quer o tempo perdido de volta. Neste caso, tem toda razão. É ou não e uma palhaçada? da Justiça, é claro.