Wadson Regis

Candidatos e eleitores 'vulneráveis', chegou a hora do dinheiro circular

Na primeira eleição mais curta da história, quem apostou em largar na frente deve ser dá mal, na reta final. Os 45 dias de campanha nas ruas fizeram muita gente antecipar apoios e cadastro eleitoral. Já há uma onda de pula-pula em várias cidades e, claro, na Capital, onde a maioria dos vereadores domina como ninguém, a compra de votos.

Pode apostar que, quem guardou dinheiro deve estar sorrindo a toa. Quem gastou cedo demais não pode cobrar, porque cobrar compra de voto é crime.

Em Marechal Deodoro, Pilar e Rio Largo as denúncias de compra de votos certamente marcarão dos dias finais, até o pleito. São municípios com mais de 50 mil habitantes e esse tipo de prática faz sentido (para os compradores, é claro), mas em Coqueiro Seco e Santa Luzia do Norte, municípios pequenos, as denúncias que vão explodir na mídia podem mudar tudo – tudo o que seu patrocinador deseja.

Já em Maceió a ausência de propaganda e pessoas nas ruas é pura estratégia. A maioria dos candidatos aposta na compra – de fato – como caminho direto à vitória.

Pode anotar: na campanha mais curta da história política do Brasil, Alagoas terá a eleição mais cara, ainda quem não pareça.


Wadson Regis

Wadson Regis

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Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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