Wadson Regis

Prefeitura de Coqueiro Seco ignora pedidos da AMA, MP e TC e gasta mais de R$ 600 mil nos festejos juninos

Tadeu Fragoso deve voltar as páginas da Justiça por conta e denúncias em Coqueiro Seco

A edição desta sexta-feira, 2, do Jornal Extra, mostra mais um caso grave de abuso de poder com dinheiro público. A pequena cidade de Coqueiro Seco, que fica na região metropolitana de Maceió, nem acesso em calçamento tem. Também não há empresa para geração de emprego. Tem uma orla lagunar maravilhosa, mas esquecida pela Prefeitura. Não tem opções de lazer, nem mercado público, nem feira livre e até posto de combustível faz falta.

Mas o que não falta são provas concretas e documentais da malversação do dinheiro público. A reportagem do Extra desta semana mostra, apenas, o gasto exorbitante de R$ 603 mil reais para o maior evento junino de todos os tempos.

O gasto, desnecessário em época de crise, e ainda mais num município onde a população cobra a presença do poder público, é um insulto à Associação dos Municípios Alagoanos, Ministério Público e ao Tribunal e Contas, que pediram que os municípios evitassem gastos com festas.

Quando municípios como São Miguel dos Campos e Marechal Deodoro suspenderam sua programação, o prefeito de Coqueiro Seco, Tadeu Fragoso, fez o contrário e promoveu uma mega-festa junina. Tomei conhecimento que há denúncia de interesse político por trás do palco. 

Por conta disso o Fórum Nacional de Combate à Corrupção Eleitoral (FNCCE) buscou informações e está de posse de uma vasta documentação com denúncia de improbidade administrativa, mensalão, lavagem de dinheiro e compra de votos.

A vasta documentação foi protocolada na Polícia Federal e Ministério Público. O prefeito Tadeu Fragoso terá muito o que explicar à Justiça. Vamos aguardar o desenrolar dos fatos.

Wadson Regis

Wadson Regis

Sobre

Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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