Relator reprova contas de Almeida e conselheira pede vistas do processo, no TCE
O
conselheiro Anselmo Brito, relator do processo que analisa as contas
referentes ao exercício de 2007, do então prefeito Cícero Almeida,
votou pela reprovação. Após o voto a conselheira Claudia Brandão
pediu vistas e a sessão foi suspensa. Ainda no Pleno ela garantiu
que trará o processo dentro do prazo regimental, ou seja: na próxima
semana.
Se a maioria do Pleno do TCE seguir o relator caberá a Câmara de Vereadores de Maceió decidir pela inelegibilidade de Cícero Almeida, o que afetará sua candidatura a prefeito de Maceió. Será um caso “de terror mental e político” parecido com o de Ronaldo Lessa, punido em duas eleições, justamente pela incerteza de seus eleitores.
Sobre
o voto
O conselheiro Anselmo destacou uma série de
irregularidades na prestação de contas de Almeida, que vão desde a
falta de comunicação do órgão de controle interno do município,
ausências de extratos bancários, omissão de transferências de
valores através de créditos suplementares especiais, a valores
arrecadados e gastos, conforme prevê a legislação.
Um dos tópicos levantados pelo relator diz respeito à saúde pública que, na avaliação de Anselmo Brito, não teve o percentual mínimo de 15%, como previsto na Constituição, ter sido repassado à Secretaria de Saúde. "O dinheiro do BID deveria teria sido empregado apenas em ações de combate à pobreza, mas o montante também sendo acabou utilizado em pagamentos relativos à Previdência e em campanhas publicitárias encabeçadas pela Secretaria Municipal de Comunicação, entre outras coisas", destacou o relator.
O repasse de R$ 12 milhões a mais do que o permitido em lei, também está no relatório. Para Anselmo Brito em 2007 a gestão de Almeida relocou cerca de R$ 34 milhões, quando o limite era de R$ 22 milhões.
É bronca.