Os perus (assistentes de grupos políticos) são figuras das mais importantes em qualquer eleição. São eles os responsáveis por disseminar os boatos de quem está melhor nas pesquisas, de prováveis rompimentos e de estratégias que não existem. São figuras moralmente despresíveis, mas fundamentais antes e depois do pleito eleitoral.

Certamente você já ouviu dizer, nesta eleição, que o candidato A está com tantos pontos à frente do B e que o C (quando tem) está lá embaixo nas pesquisas. Essa tarefa de espalhar a desinformação é do peru, que geralmente é uma pessoa bem relacionada no meio e, por isso, mostra-se confiável para o que fala.

Os perus só perdem força quando a verdade chega aos ouvidos de forma oficial, concreta. Por enquanto os perus já devem estar falando de traições nas coligações e que o seu candidato está à frente nas pesquisas com X pontos. É o desserviço dele que muitas vezes muda o percurso natural de uma eleição, já que o eleitor não gosta de perder o voto. Em outros casos os boatos são para desanimar apoios a referidos candidatos. É sempre assim.

Um bom momento para tirar onda com os perus é quando as pesquisas oficiais e confiáveis são divulgadas. Em Maceió ouve-se dizer a todo tempo que Rui estar à frente; que Almeida disparou; que JCH tá no bolo.

Sobre esse assunto, de preferência eleitoral, é aconselhável ficar atento ao AL TV 2a Edição, da TV Gazeta, na segunda-feira, 22, quando o IBOPE vai mostrar os primeiros números da corrida eleitoral na Capital. Será a primeira amostragem oficial.

Após a divulgação sugiro que liguem para os perus. Eles vão rir de você, mas ficarão sabendo que estão a serviço.