Wadson Regis

Super-PMDB tem 74 candidatos a prefeito em Alagoas

Renan Calheiros monta maior palanque político da história do PMDB em Alagoas - Foto: Ailton de Freitas

Fora o vice-governador e secretário de Estado da Educação, Luciano Barbosa, quem, em sã consciência, tem coragem de peitar Renan Calheiros na política? Enfrentar qualquer um pode, pergunto peitar.

Luciano, você sabe, deu “a louca” e decidiu jogar contra o próprio time, em Rio Largo, onde disse que apoia Pedro Victor (PSC), contra Vania Paiva, presidente municipal do PMDB, amiga de primeira ordem e candidata declarada dos Renan's e Olavo Calheiros. Mas é vida que segue e com os Calheiros quem não anda na linha, o trem pega. É melhor não arriscar. Pode esperar, Luciano.

Bem... Renan, você sabe, é o 'cara' da política nacional. Seu sonho, todos sabem, é ser governador de Alagoas. Chegou perto, em 1990, quando “perdeu” para Geraldo Bulhões numa eleição de bastidores. Como todo mestre um dia teve que aprender, Renan Calheiros aprendeu e se transformou no PHD referência em conhecimento e estratégia. Seu potencial é único, atraindo uma leva de seguidores e até imitadores.

Em 2014 Renan Calheiros teve a chance dos sonhos para vencer a eleição ao governo do Estado. Disputaria contra Benedito de Lira (PP). Mas estar em Brasília era mais importante, naquele momento, por conta de toda estratégia definida ao longo dos anos. Eleger Renan Filho, claro, seria a mesma vitória pessoal.

Aos 61 anos (ele completa no dia 16 de setembro), Renan sabe que Brasília já não o encanta como antes. Os anos de política deram a Renan o respeito de aliados e adversários. Assim como o desgaste, natural de um líder. Se não foi eleito pelo voto direto presidente da República, mas ocupou o cargo por três vezes. Ou seja: Renan chegou lá.

Agora, me disse um amigo, a quem confio a informação, Renan trabalha (dia, noite e madrugada), como sempre fez, para finalizar sua trajetória no ápice da aceitação política.

Alonguei estas linhas para mostrar que a estratégia de Renan é clara e objetiva. Ele já prepara seus dias de descanso na Fazenda Tapado, em Murici. Quando este dia chegará, não sei, mas ele já decidiu que será assim faz tempo.

Você, caro leitor, a quem agradeço ter chegado até aqui, fique certo de uma coisa: Lançar 74 candidatos a prefeito, sendo que em 33 municípios os candidatos a prefeito e vice são do PMDB, não é querer mostrar força. Pelo menos para Renan Calheiros, definitivamente, não é.

Os números do PMDB para as eleições de outubro são os seguintes:

74 candidatos a prefeito

44 candidatos a vice-prefeito

Só para ilustrar a força do partido, em 33 municípios o PMDB tem candidato a prefeito e vice (a chamada chapa puro-sangue).

Como não é possível abarcar o mundo, em apenas 17 municípios o PMDB não terá representante na chapa majoritária.

PS.: Nas eleições de 2012 o PMDB lançou 36 candidatos a prefeito, tendo êxito em 24. Foi o melhor índice nacional do partido.  

Se liga, Luciano. Senão o trem te pega.

Wadson Regis

Wadson Regis

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Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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