Publiquei aqui, no AL1, que vi boi voar em Alagoas. Recebi várias ligações de pessoas que circulam pelo meio político. Diziam-me que não há boi voando, há uma manada.

Pois bem, na política se até boi voa, tudo é possível, imagine um líder jogar contra o próprio time, no caso em tela, o partido.

Há de ressaltar que o mandato eletivo pertence ao partido, por tanto, fidelidade partidária, por lei, é para ser garantida.

Difícil é compreender como um vice-governador, que também ocupa o cargo de secretário de Estado da Educação e ainda é homem de confirança do senador Renan Calheiros, presidente do PMDB no Estado, lutar contra o próprio partido, numa eleição municipal.

No vídeo que recebi, com duração de 1 minuto e 30 segundos, o vice-governador declara seu apoio ao candidato do PSC, Pedro Victor. Nada contra o Pedro, que conheço desde os tempos do Colégio Batista Alagoano. O questionamento aqui é porque Luciano está contra o próprio PMDB, que disputa o pleito com chance real de vitória.

Por ser da “cozinha dos Renan’s, o vice-governador certamente sabia da forte relação de amizade da família Calheiros com Vânia Paiva, candidata do PMDB à Prefeitura de Rio Largo. Vânia, inclusive, conta com o total apoio dos Renan’s e de Olavo Calheiros, que prestigiou a convenção no dia 4.

Fica a dúvida, se Luciano não sabia que em Rio Largo o PMDB tem candidato; se Luciano comeu algo estragado, que mexeu no seu consciente, ou se o vice-governador quer bancar o tolo, ao enfrentar seus líderes.

Tem ou não tem, boi voando em Alagoas?