“Eu quero meu dinheiro” “isso é dinheiro roubado”. E agora, onde está o dinheiro?

Só
para ilustrar a manchete desde post, a frase acima é de Gilberto
Gonçalves, então deputado estadual, cobrando sua parte no dinheiro sujo
repassado pela Assembleia Legislativa a um grupo de parlamentares
aliados com a Mesa Diretora da Casa. Gilberto cobrava o “dinheiro
sujo”, como ele mesmo falou, e “sem desconto”. Clique aqui . Vale assistir ao
vídeo.
Bem, em toda eleição, no Brasil, alguns temas ganham destaque. O do momento é a escassez de dinheiro. O argumento é a fiscalização da Justiça no combate à compra de votos ou que as empresas não poderão mais financiar as campanhas.
Essa é a informação oficial passada aos candidatos “minoritários”, que repassam para seus cabos eleitorais, que são os encarregados de avisar aos eleitores vulneráveis, aqueles que negociam o voto até a última hora.
Na verdade há dinheiro, sim, do mesmo jeito que antes. O dinheiro por baixo dos panos sempre existiu na política brasileira. Nos estados mais pobres, como é o caso de Alagoas, a compra de votos é uma febre. Sem comprar votos pelo menos 90% dos vereadores e deputados (estaduais e federais) não estariam no mandato.
Não há uma estatística oficial, mas nas eleições proporcionais a compra de votos é nitidamente notada. Confiantes na impunidade e na conivência com o eleitor 'humilde” as redes de prostituição eleitoral se espalham por todo Estado.
Agora, em 2016, o assunto da moda é a falta de dinheiro. Bem, se for verdade, será a primeira eleição no País onde o discurso vai superar o dinheiro. Será?
Portanto, eleitores vulneráveis ou prostitutos eleitorais, prestem a atenção. Neste pleito vocês terão que escolher entre a melhor proposta – se houver – ou na melhor mentira – de que o dinheiro sumiu. Aí é com vocês. Mas cuidado, a PF está de olho.