Cristiano Matheus amadurece politicamente e constrói ponte para seu futuro no PMDB

Dos “homens” da comunicação em Alagoas, que se meteram na
política, Cristiano Matheus é, disparado, o que construiu um caminho sólido
para seguir na vida pública.
Para os que não sabem, Matheus entrou na política num verdadeiro acidente de percurso. Repórter policial do Fique Alerta, da TV Pajuçara, ele foi escalado para ser bucha de canhão na eleição de João Lyra ao governo de Alagoas e ajudar o amigo, Jeferson Moarais, que disputou a eleição para estadual.
Matheus, já com mandato de vereador na Capital, até tentou trocar a posição com Jeferson. Todos tinham a opinião de que a eleição dele para federal era uma aventura sem futuro. Depois de vários apelos Matheus, à época filiado ao PFL (DEM), decidiu ser soldado para ajudar Jeferson e manter o prestígio com Nonô – um dos acionistas do Pajuçara Sistema de Comunicação.
O resultado da eleição, todos sabem: João Lyra e Jeferson Morais - favoritos - perderam; Matheus, de forma surpreendente, chegou à Câmara Federal.
No ano seguinte, também de forma surpreendente, Matheus foi intimado para disputar a eleição para prefeito de Marechal Deodoro. Por várias vezes, disse não. Topou e venceu.
Hoje reeleito e com prestígio no PMDB, o prefeito deodorense acabou ficando próximo demais dos Calheiros. Foi a partir daí que aprendeu – segue engatinhando, é verdade, a fazer política profissional. Até entrar na cartilha dos Calheiros ele vivia entre o céu o inferno. Por várias vezes disse, ouviu e fez o que não precisava. Mas era só um aprendiz de profissional. O tempo, para os sábios, é o senhor da razão.
É aí onde entra o novo Cristiano Matheus, mas maduro e politizado. Muitos, inclusive aliados, o tinham como temperamental. Outros até de maluco chamavam, mas Matheus usou seu conhecimento político para se projetar e garantir um lugar ao sol, na estrutura do PMDB.
O “Menino Maluquinho” para alguns, virou peça chave no PMDB alagoano, inclusive com bom conhecimento entre os caciques nacionais. Deve isso ao senador Renan Calheiros, de quem é súdito de carteirinha. Também muito ligado ao governador Renan Filho, já faz até articulações para 2018. Com Olavo Calheiros aprende, diariamente, que na política palavra não tem volta.
Foram justamente as lições com a cartilha Calheirista que fizeram Matheus seguir vivo na política. Nela (a cartilha), razão e emoção não combinam, tem que fazer política.
Assim, depois das eleições de outubro, Matheus vai se preparar para voos ainda maiores. Aprendeu bem e, por isso, seguirá vivo.
Do contrário...