O “Poder da Palavra” faz estrago na política

Em 1995, graças ao apoio dos amigos
Edmilson Teixeira (jornalista) e Messias Costa (publicitário), dei
meus primeiros passos no universo conturbado da política. Estudante
de jornalismo e estagiário na TV Gazeta, vivia os primeiros momentos
de uma carreira da qual me orgulho. É do jornalismo que vivo desde
esse tempo.
Pois bem, são 21 anos de aprendizado. Na política vê-se de tudo – no sentido literal da PALAVRA. Aliás, PALAVRA é uma PALAVRA (sendo redundante) que sempre fez efeito na política. Há os que negociam eleições e os que compram eleições – falo da presença do dinheiro, em espécie. Mas há, também, com bem menos frequência, os que vencem com o “Poder da PALAVRA”. Não citarei nenhum exemplo, é claro, por questões éticas.
Na política, para quem vive no meio, o “poder” sempre falou mais alto que o dinheiro. Político não pensa em dinheiro; político gosta mesmo é do poder, que gera uma série de oportunidades – nem sempre éticas.
Mas o que muitos políticos (profissionais e amadores) não valorizam é a PALAVRA. Repito: uns preferem negociar a eleição, outros comprar a eleição. Até nestes dois casos, os mais comuns na política brasileira, só um ato os mantém vivos - na política. O ato da credibilidade, que pode ser do seu eleitor, mas muito mais dos que os cercam (amigos, familiares, cabos eleitorais, chumbetas e, claro, outros políticos. Se o camarada não tem PALAVRA, ele tem vida curta na política. Quando vive um pouco mais é para ter o tal do foro privilegiado. Mas aí é outra história.
O período das convenções está chegando e é aí onde a PALAVRA é posta à prova. Todos confiam num político que honra seus compromissos – sendo ele corrupto ou não. O camarada pode ser o “cão do segundo livro”, mas se é cumpridor da PALAVRA - é “o cara”.
Um político sem PALAVRA tem vida (política) curta. E quando vira ex, transforma-se num grande rolete chupado. É aí onde geralmente perguntam: por que ninguém confia em mim?
Portanto, na hora da decisão, pense, reflita e pratique a PALAVRA, porque ela tem poder.
Foi o que vi da vida (política) nesses 21 anos.