"Benedito de Lira não morreu"

Para quem pensa que o senador Benedito de Lira (PP) está
fora de combate, a aliança com Rui Palmeira (PSDB) e vários nomes de peso na
política alagoana, como Ronaldo Lessa (PDT), Thomaz Nonô (DEM), Maurício
Quintella (PR) e Régis Cavalcante (PPS), só para citar os mais expoentes, mostra que o senador ainda tem fôlego para novos combates.
O primeiro e mais importante deles, claro, será a eleição de Rui Palmeira, na capital. Mas o PP estará na disputa por prefeituras em vários municípios, como bem explicou Bernardino Souto Maior, em seu blog, aqui no AL1.
Na matemática política de Biu de Lira até aliança com o PMDB vale, para somar cadeiras nas prefeituras. Em Jequiá da Praia, por exemplo, PP e PMDB devem se juntar para desbancar a família Beltrão. Neste caso a problemática não permite que as desavenças políticas e pessoais da família Beltrão com Rosinha Jatobá e o esposo, Ricardo Santa Rita, evite a aliança com o PP.
Benedito de Lira pode até não sonhar voos mais altos, mas pode “SIM” conseguir a reeleição ou, quem sabe, embolar o pleito para o Senado em 2018, que deverá ter pelo menos cinco nomes de peso – Renan Calheiros, Teotonio Vilela, Ronaldo Lessa, Marx Beltrão e o próprio Benedito, para apenas duas vagas.
A eleição de Maceió, não se enganem, representará mais que uma quebra de braços de Rui Palmeira com Renan Filho, que são os protagonistas da nova geração da política alagoana. O pleito de Maceió pode e vai mudar a rota para 2018.
O “Velho Biu” não está morto. Seu maior problema político continua sendo o filho Artur Lira, um dos citados nos escândalos da operação Lava Jato. Se Benedito optar por disputar o Senado, Artur Lira, que continua articulado em Brasília, não pesa tanto negativamente, como aconteceu na campanha derrotada do pai, para o Governo.
Muito da vitória de Renan Filho é computado à rejeição de Artur, que seria uma espécie de Primeiro-Ministro do pai. Era o que se dizia e o que a maioria do próprio grupo temia.