O dinheiro não pode desaparecer

Todos sabem: eleição sem disputa é pleito sem dinheiro, e sem dinheiro não há negócio, e sem negócio não há voto garantido, e sem voto garantido não há certeza da vitória, e sem a certeza da vitória não há profissionalismo, e sem profissionalismo a política deixa de ser um grande negócio, e se não é mais um grande negócio não há porque investir, e sem investimento em si (pelo próprio patrimônio) não há prosperidade, nem futuro político, e sem futuro político...
Fazer política em Alagoas é como jogar o anzol sem isca, só será fisgado o peixe inocente, e na política não há inocente que sobreviva, e se é para não sobreviver não há motivo de seguir em frente...
Perceba que, se avançar no assunto política não haverá definição, nem ponto final. Talvez por isso haja tantos pais de santo e videntes (politicamente falando) dando as cartas para um futuro que não se apresenta na realidade.
É certo que:
Parágrafo 1º (e único) – É preciso que haja disputa na eleição majoritária ou o dinheiro não aparecerá e sem dinheiro... (daí, segue a corda sem fim e o anzol não terá isca).
Ouvi de um experiente político alagoano: “A maioria do eleitorado alagoano vota naquilo que está vendo. Mas não pode ser um Beija-flor, uma Tartaruga, uma Garça, ou Arara, nem Mico-leão-dourado. O que aproxima o eleitor do voto certo é da Onça pra cima. Uma Garoupa é bem melhor, mas o que resolverá mesmo será botar as mãos no Lobo-guará. Todos sabem disso; o eleitor, o aliciador do voto, o candidato e a justiça. É assim que funciona”.
Assim sendo, é preciso que haja disputa ou a economia alagoana sofrerá um choque da realidade, que poucos querem. O dinheiro não pode desaparecer.
Em tempo: a Casa da Moeda está aguardando o cenário em Alagoas para mandar imprimir... PIX não, senão a justiça caça (a onça? ops! cassa o mandato).