A preocupante verdade do bastidor político em Alagoas

O bastidor político se compara a um animal predador, que tem como aliado o danado do escorpião. Explico: há uma possibilidade real da eleição para o Governo ser parecida com o que aconteceu na reeleição de Renan Filho, que foi um WO simbólico (e aqui não vamos entrar nos detalhes dos váaaaarios porquês).
O temor, acredite você e quem estiver por perto, está na competitividade do voto. Primeiro porque, sem um duelo real, todo o processo fica pelo menos 50% mais barato e isso não interessa a maioria (eleitor, aliciador, equipes das mais diversas e, claro, aos candidatos proporcionais). Explico: em 2023 foram 280 candidatos a deputado estadual e 180 candidatos a deputado federal, com 20 partidos lançando candidatos.
Para 2026, a conta caminha a passos largos para ser diferente. Na expectativa de Alagoas perder uma vaga de federal, ficando com 8 ao invés de 9, e perdendo 3 vagas para estadual, ficando com 24 ao invés de 27, a conta é a montagem de 10 chapas, devido às articulações para a formação de novas federações. Veja que horror para tanta gente envolvida.
Ou seja: a expectativa é para apenas 45 candidatos a federal (em 2022, foram 180).
Para estadual, com a diminuição de 24 vagas (sendo 25 candidatos por chapa), a expectativa é (se todas as chapas forem completas), apenas 175 candidatos (em 2022, foram 280).
A luta é grande, no temível bastidor. A turma já visualiza que não monta todas as chapas completas. Seria ou será, em candidaturas, uma queda de 75% nos candidatos a Federal e 37% para estadual.
Será uma realidade surreal, porque faltará candidato e dinheiro, ao mesmo tempo.
LEMBRANDO: Nas eleições de 2022 NULOS e BRANCOS elegeriam 2 federais e 3 estaduais. Determinante lembrar que, quem leva o eleitor à urna são eles, que obtêm, também os menores percentuais de votos nulos e brancos (menos de 8%, no total). Para se ter uma ideia da preocupação, em 2022, 17,56% disseram não a Renan Filho, Davi Davino Filho e Mario Agra, candidatos ao Senado. Já 23,39% anularam ou votaram em branco para governador, no primeiro turno. E pior: mesmo com todo aparato financeiro da disputa, 22,39% (mais de 200 mil eleitores) não foram às urnas.
Esta é a preocupante verdade do bastidor político em Alagoas.