Wadson Regis

3 coisas: coisa 01

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3 coisas que não funcionam do político para eleitor: promessa de presente do Papai Noel, banquete para a virada do ano e farra pro carnaval. O eleitor vulnerável e/ou viciado na comercialização do voto gosta mesmo é do real na mão, dos tijolos, telhas, cimento e areia para a construção. Ainda assim é um negócio arriscado, coisa para profissional.

Já do político para o aliciador, também chamado de “líder” ou ponteiro, o que vale mesmo é a mensalidade em dia. É outro risco, mas os profissionais conhecem muito bem o gado que conduzem. Geralmente são soldados chamados a cada dois anos para a mesma guerra das urnas.

Por outro lado, do político para o político o que vale é o compromisso. No jogo de profissionais, sabido não engana sabido. O problema entre eles está num item que nem deveria constar no negócio mas, na peneira dos acertos, conta-se nos dedos os poucos que cumprem o combinado à risca. Na verdade, apenas um tem a prerrogativa de valer o que está combinado. Todos sabem quem é.

Dito as três coisas que fazem o resultado do jogo eleitoral ser previsível, eis que o combinado, em várias frentes, não está sendo como deveria. E, quando político engana político o sabido vira bicho leproso.

Talvez você não compreenda, mas saiba que tem boi pulando a cerca. E fora do cercado (seguro) vira alvo fácil para ser abatido.

Wadson Regis

Wadson Regis

Sobre

Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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