Ah!!! Está explicado. Mas, ainda assim, está tudo errado

No próximo dia 22 o inverno estará dando boas vindas à primavera. UFA!!! Não tivemos enchentes em Alagoas.
Ontem, o Fantástico mostrou uma reportagem especial sobre a luta de um arquiteto chinês que escapou de ser levado pela correnteza do rio no vilarejo onde morava. Ele foi salvo porque ficou agarrado numa das árvores. Anos depois, ele se formou e decidiu dedicar parte da sua linda carreira para criar alternativas que evitassem (e tem evitado há anos) novas catástrofes, não apenas no vilarejo onde quase perdeu a vida, mas em outras regiões. O Fantástico mostrou que o chinês visitou o Brasil e disse que tem um plano simples para evitar as enchentes no Rio de Janeiro. E mais: as áreas seriam valorizadas depois da implantação. Se vão fazer é outra estória (assim mesmo com “e”).
Já o Ministério Público Federal (MPF), após colecionar 19 ações civis públicas e dois procedimentos extrajudiciais firmou um acordo com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) para realizar medidas de segurança em 21 barragens de Alagoas, todas no Sertão. As barragens são antigas e foram construídas pelo Dnocs, que não mantém suas estruturas de forma adequada, sem a devida operação e descumprindo os planos previstos na Lei nº 12.334/2010. Ou seja: as barragens que existem em Alagoas são antigas e construídas pelo Governo Federal que, só agora, pela pressão do MPF, terá que elaborar o Plano de Ação de Emergência, o Plano de Revisão Periódica e o Relatório de Segurança de Barragens. Apurei que falta pessoal e orçamento para que fossem cumpridas as obrigações institucionais. Esta é a estória (também com “e”) que se conta.
Apurei, também, que as águas da maioria das barragens não servem nem para o consumo de animais e plantações, porque a falta de operação e manutenção das barragens deixa suas águas impróprias para o seu aproveitamento. A de Igaci, por exemplo, recebe o esgoto de Palmeira dos Índios. Ou seja: é, também, uma barragem para cocô. Pelo menos temos barragens esquecidas que evitam tragédias no Sertão. São barragens antigas, esquecidas por vários governos federais. Estado e municípios não têm gestão sobre esse assunto.
Já pelas bandas da Zona da Mata, Vale do Paraíba e região Norte, onde o bicho pega nos invernos, nem barragem tem. Barragem de verdade, NÃO TEM. Mas um dia terá. Talvez o volume de ações, como aconteceu com as barragens sob a responsabilidade do Governo Federal.
O exemplo do chinês, com as cidades esponjas e os projetos dos alagoanos Alex Gama e Wellington Lou deveriam receber ATENÇÃO MÁXIMA. Viajam tanto para conhecer exemplo com menos importância.
Ah! Está explicado. Mas, ainda assim está tudo errado.
Clica no link da reportagem do Fantástico.