Circunstâncias especiais exigem medidas especiais
Há, na política de Alagoas, um clima de desconfiança generalizada, motivado pelo comportamento ON & OFF de alguns dos (ainda) protagonistas das eleições 2026. E faz todo o sentido porque, dos ditos opositores, apenas Arthur Lira e Renan Calheiros mantêm a animosidade, que é pessoal (1º) e política (2º). Há, também, uma movimentação que envolve JHC com Paulo Dantas, o que não combina com o roteiro para 2026 (mesmo sabendo que Paulo, independente do tipo de jogo a ser jogado, será protagonista do processo).
O “Gigante” – da cadeira e roda – JHC não fala 2026 e seus sinais emitem ruídos sobre suas pretensões. Já o “Biguzeiro” - no caminhão - Renan Filho, segue profetizando os feitos do Presidente Lula. É real que ele – maratonista das manhãs em Brasília – tem corrido mais que todos para...
...essa é a questão da equação que ainda não tem resposta. E se não tem resposta provoca uma série de: é e não é; vai e não vai; tem coragem e não tem etc (e tal).
É certo (e sobre essa premissa todos do meio sabem) que as formações dos “times” majoritários (Governo e Senado) dependem das decisões de JHC e Renan Filho. Enquanto não é possível cravar as pré-candidaturas os aliados não podem, não devem e não vão ficar parados. É aí onde entram as circunstâncias e medidas especiais. E o que seriam elas, você pode querer saber.
Num jogo desse nível, com personagens e craques nacionais como dependentes você pode esperar tudo, tudo, tudo, tudo, tudo e tudo, menos que Arthur e Renan aceitem ser dependentes do que pensam JHC e Renan Filho. Os unânimes de Brasília não gozam do humor do povo e sabem que a permanência em Brasília depende da eficácia na formação do elenco (governador atual, deputados federais e estaduais, prefeitos e vices, vereadores, “lideranças” locais e de um magote de ex (alguma coisa).
Entende que esse jogo está alto demais para Arthur e Renan? Tudo bem que Renan Filho seja o único com imunidade política até 2030, mas ele – que nunca perdeu eleição – não saberia administrar a derrota. O mesmo para JHC, que joga com sua própria estratégia, num jogo montado por ele, treinado por ele e movimentado por ele.
Continuo sem apostar no duelo JHC x Renan Filho. E, caso não aconteça, as circunstâncias das medidas adotadas mostrarão um novo ciclo na política das Alagoas.
Anote aí: ganhar e perder faz parte do jogo. Como perder é que muda muito (o futuro).