Wadson Regis

Disputas à parte... estamos bem

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Disputas políticas à parte, eis a boa nova para a economia alagoana: de janeiro ao início de novembro, 40.437 novas empresas foram abertas na Junta Comercial de Alagoas. Representa, de acordo com a publicação desta quinta-feira, na Gazeta Web, em reportagem escrita pelo premiado jornalista Carlos Nealdo, um avanço de 9,3%, em relação ao ano passado. É para festejar.

Não significa, porém, que estamos em estado de solidez econômica, mas Alagoas e alguns municípios, como Arapiraca (com seus canteiros de obras) e os praieiros (com a explosão do turismo e a construção permanente de pousadas, hotéis e resorts) estão dando uma perspectiva positiva. Será ainda melhor depois que a ponte que liga Sergipe (por Neópolis) a Penedo estiver pronta. Penedo, que também terá um aeroporto em breve, será a porta principal de entrada pela região Sul do Estado. Pouca gente sabe, mas há próximo a Coruripe, já em pleno funcionamento, um aeroporto privado que recebe jatinhos de milionários que passam férias numa região (pouco conhecida dos alagoanos) chamada de Pituba. Lá, há mansões avaliadas em milhões. É necessário afirmar que os prefeitos de Coruripe (Marcelo Beltrão) e de Penedo (Ronaldo Lopes) são de grupos políticos antagônicos e seus municípios estão avançando como nunca.

É como a disputa política que envolve JHC e Paulo Dantas. Certamente, até 2028 não há previsão de paz e diálogo entre eles, mas os avanços da gestão em Maceió e pelo Estado, com o pacote de obras estruturantes na capital e região metropolitana, mudarão, completamente, a mobilidade e impulsionarão a economia pelos próximos anos. 2026 será de eleições e aí o foco muda, porque os vitoriosos em suas administrações terão que atacar os adversários, para justificar o voto no aliado. Esse é um dos lados perversos da política, mas nem tudo é como deveria ser. Nós (pelo menos a maioria, segundo os estudos científicos) não fazemos o dever de casa nem com o próprio corpo. Assim, como esperar que o político, com o dinheiro público, seja 100%?

Alagoas, volto a dizer, está num grande momento. Vinha sendo numa escala lenta desde que Manoel Gomes de Barros assumiu o Estado, por conta da covardia que políticos aliados fizeram com Divaldo Suruagy. Ronaldo Lessa foi um divisor de águas, principalmente para as minorias e o turismo; Teotonio Vilela Filho salvou os municípios do colapso; Renan Filho cravou um novo tempo, com investimentos pesados em segurança pública, construção de hospitais, programas revolucionários na educação e até premiado pela ONU. Foi com ele que o Estado ajustou a economia e saiu do radar da violência. Chegamos a Paulo Dantas, o azarão que deu certo nas urnas e vai deixar o legado de ter tirado Alagoas do Mapa da Fome e de promover o maior pacote de obras da história, na região metropolitana.  Também é correto afirmar que, com Arthur Lira na presidência da Câmara, nunca houve tantos recursos para Alagoas.

Em Maceió a sequência é parecida. E cabe a Ronaldo Lessa o mérito de um novo tempo. Kátia Born fez o feijão com arroz, Cícero Almeida virou o prefeito do concreto, Rui Palmeira, com seu jeito simples de agir, tem o mérito da idoneidade moral e JHC, numa versão mais arrojada, conquistou a juventude e a família, com as obras de proximidade do poder público com a sociedade.

São fatos que mostram aos alagoanos que precisamos seguir acertando. Como nem tudo é perfeito, o silêncio de alguns protagonistas pela “expulsão” das famílias dos bairros “afetados” pela mineração da Braskem revela o submundo que alimenta parte da imprensa. E é aí onde quero chegar: quem não consegue comunicar as coisas boas, mas procura o tumulto é porque não consegue encontrar a própria felicidade.

Um erro pode ser fatal (para os planos de todos).

Wadson Regis

Wadson Regis

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Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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