Wadson Regis

86,9% não sabem em quem votar para o Senado

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São os números da pergunta espontânea, apresentados pelo Paraná Pesquisas, em Maceió e 63 municípios. Por outro lado, ao tomarem conhecimento dos nomes, eis que Renan Calheiros e Arthur Lira aparecem coladinhos. Vale destacar que, dos quatro cenários propostos pelo instituto, os três primeiros são compatíveis com o que vem sendo trabalhado na construção das candidaturas. O quarto é inviável. Trechinho complexo, mas é porque o jogo está sendo jogado com regras próprias, interesses e objetivos próprios e missões coletivas. Se você ainda não compreende deve estar entre os 86,9%, dos 2.005 eleitores prospectados pelo renomado instituto

Os números do Paraná, que colocam a primeira dama da capital como opção, revelam muito. Mas este detalhe não entra hoje, por aqui. Há outro ponto que precisa ser observado nos cenários propostos pelo instituto. Vamos lá: é fato que Renan e Arthur serão candidatos sem depender das circunstâncias. Também é fato que Davi Davino Filho enfrenta lobbys para ser e não ser; é fato, também, que Alfredo Gaspar tem condições já discutidas com seu grupo, que ainda não batem o martelo para a candidatura, e é fato que Marina Candia também faz parte de um ajuste de grupo. Assim, o quarto cenário, com Renan, Arthur, Alfredo, Marina, Davi (mais Paulão e Bonja) não se sustentará.

Há 7 anos paguei caro, mas a recompensa ao final da apuração dos votos foi compensada, quando publiquei que Rodrigo Cunha seria o protagonista das eleições de 2018. Agora, pelo que sei no bastidor, tenho a impressão – com base no que sei das bases – que Arthur Lira chegará em primeiro na corrida ao Senado. Corro o mesmo risco de 2018, mas quem tem rabo preso é a Cuca (do Sítio do Pica Pau Amarelo). Renan, Alfredo Gaspar, JHC (ou Marina Candia) são concorrentes diretos. Davi, caso seja candidato (falo isso pelo lobby dos interesses alheios a ele) entra como azarão, do mesmo modo que aconteceu na eleição contra Renan Filho.

A verdade dos fatos, senhoras e senhores, neste momento, revela o mesmo de todos os processos: o povo não vota por ideais ou ideologia; escolhe pela força das estruturas ou pela rejeição ao outro. Os números do desconhecido Ítalo Bonja, até mostram isso. Quem é ele na política? Ele mesmo responde: a opção para quem não quer ou está cansado dos mesmos.

Renan e Arthur estão firmes pela força da estrutura, pelo histórico, pelas entregas... mas também enfrentam o desgaste pelos posicionamentos em Brasília.

Anote: a política nunca perde. Ou vence com 100% ou 50% (no caso do Senado). Se você acompanha política, sabe o que está escrito. Os cenários 1, 2 e 3 justificam minha impressão sobre o vitorioso. A segunda vaga é o X da questão. Para Renan, que está consolidado nas mais variadas amostras até agora, o quinto mandato é confirmar a missão, e ele é expert neste aspecto.

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Wadson Regis

Wadson Regis

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Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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